As capas dos jornais fizeram-me lembrar este provérbio português, muito a propósito de um pobre que, em tempos não muito distantes, num supermercado, roubou um pacote de manteiga.
Foi identificado, julgado e condenado. Tudo muito rápido. O crime não prescreveu.
Não teve sorte. Se, eventualmente, tivesse praticado gestão danosa de milhões o seu caso seria muito mais importante.
Um pacote de manteiga dá condenação, um milhão dá prescrição. Lembro-me de ouvir o governo dizer esta semana que "a reforma da justiça estava feita". Peço desculpa por não me ter apercebido.
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