sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O "off-shore" do CDS - José Junqueiro (PS) responde a Nuno Magalhães


'Congresso do CDS foi uma offshore para esconder a realidade'
"O deputado do PS José Junqueiro referiu-se esta tarde ao congresso do CDS (que se realizou no último fim-de-semana) como uma espécie de “offshore para esconder a realidade do país”. O parlamentar socialista acusou ainda o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, de ter usado a declaração política desta tarde na Assembleia da República para fazer a “abertura oficial da campanha eleitoral”.
Eu não vi o CDS da lavoura, o CDS dos reformados, o CDS dos pensionistas, o CDS dos pobres nem tão pouco o CDS dos contribuintes”, observou José Junqueiro, logo depois de Nuno Magalhães ter enumerado 15 medidas aplicados durante os dois anos e meio de maioria PSD/CDS que constavam do programa eleitoral do CDS quando foi a votos em 2011, entre elas o IVA de caixa, a reforma do IRC, a simplificação fiscal e a introdução de critérios mais justos para evitar abusos no rendimento social de inserção.
Nuno Magalhães, na resposta, devolveu a acusação aos socialistas. “Quem está em campanha eleitoral é o PS. Não quer consensos, não quer diálogo, não quer tirar o partido do protetorado”, disse o líder parlamentar dos centristas. Luís Montenegro, da bancada do PSD, completou a ideia: “Nós queremos de uma saída limpinha, à irlandesa, mas o PS quer fazer tudo para que esta saída não seja assim”, disse o líder parlamentar social-democrata.
PCP e Bloco de Esquerda juntaram-se à narrativa do PS e reiteraram a acusação de que o CDS aproveitou o congresso para dar início à pré-campanha eleitoral. Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco, criticou a substância do XXV congresso centrista: “Parece que o país real chegou ao congresso do CDS nos intervalos do congresso. Dentro do congresso o que nós vimos foi muito pouco desta realidade”.
João Oliveira, líder parlamentar do PCP, resumiu: “O que ficamos a saber é que o CDS já está em campanha eleitoral, aproveitando o congresso para fazer um branqueamento da sua acção e das suas responsabilidades. Quem ouviu Paulo Portas fica com a ideia de que o CDS passou ao lado da responsabilidade na governação. É ou não verdade que o CDS assinou o memorando com a troika?”, questionou o comunista.
Nuno Magalhães ainda teve tempo para responder. Sinalizou as diferenças entre o CDS e o PCP e Bloco de Esquerda e preferiu centrar as suas farpas para o PS. Recordou que Sócrates, em 2009, aumentou o salários dos funcionários públicos quando o país já estava à beira do incumprimento e notou que “de manhã o PS quer uma saída à irlandesa, mas à tarde faz tudo para que assim não seja, enviando tudo para o Tribunal Constitucional”."

Nota: Nuno Magalhães esqueceu-se dos aumentos de Cavaco Silva, o "pai do monstro", segundo o seu ministro das Finanças, à época, Miguel Cadilhe que fez  aumentos de 70%, 80% e não de 3%

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