sábado, 7 de dezembro de 2013

Nelson Mandela - AR reúne na segunda, às 12 h, para autorizar a ida do PR à África do Sul

Nesta sexta, na AR, as votações prolongaram-se para lá das 14,30h. Não se recebeu nenhum pedido do PR para deslocação ao funeral de Nelson Mandela na África do Sul. Só mais tarde, ao fim da tarde, já a caminho de casa, se recebia uma convocatória para uma reunião extraordinária da AR, precisamente na segunda, às 12 h, com a finalidade de autorizar a deslocação de Cavaco Silva. 
Nas Nações Unidas, entre todos os Chefes de Estado e de Governo,  três, ao tempo, votaram contra a libertação incondicional de Nelson Mandela: Ronald Reagan, Margaret Thatcher e Cavaco Silva. Só este último terá a oportunidade de emendar um erro grave.

Memória - "Portugal votou contra, juntamente com os Estados Unidos e o Reino Unido, a resolução "Solidariedade Internacional com a Luta pela Libertação na África do Sul", cujo ponto 4 "exige novamente que o regime racista termine com a repressão contra o povo oprimido da África do Sul, levante o estado de emergência; liberte incondicionalmente Nelson Mandela" e outros presos políticos.
Na mesma resolução, o ponto 2 reafirma a legitimidade do povo da África do Sul e o seu "direito a escolher os meios necessários, incluindo a resistência armada, para atingir a erradicação do 'apartheid'".
Esta posição das Nações Unidas foi aprovada por 129 países, rejeitada por 3 e teve 22 abstenções.

Na declaração de voto, que não se refere à questão específica de Nelson Mandela, Portugal justificou não ter apoiado todas as resoluções relacionadas com a África do Sul por "não concordar que as resoluções da Assembleia Geral apoiem violência, sob qualquer forma, como a única forma de resolver situações de injustiça".
"A delegação de Portugal não pode apoiar a violência verbal e certas referências discriminatórias nas resoluções que acabámos de adoptar, porque elas não contribuem para a formação de um consenso que poderia ser a base para uma pressão internacional eficaz para devolver à maioria da população sul-africana os seus direitos legítimos", refere a declaração do então representante diplomático português junto das Nações Unidas Ramalho Ortigão." (Negócios)

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