sábado, 2 de novembro de 2013

INE - Para pensar - Menos gente, mais emigração (+200 mil), mais mortanlidade infantil (...)

Síntese - O INE publicou as Estatísticas demográficas 2012 e tudo concorre para a diminuição demográfica, aumento da mortalidade geral e mortalidade infantil, sendo que o  o índice de renovação da população em idade ativa atinge o valor mais baixo (ou seja, por cada 100 pessoas potencialmente a sair do mercado de trabalho apenas 89 estariam potencialmente a entrar no mercado de trabalho) (...) Nos últimos dois anos (2011 e 2012), o nº de emigrantes permanentes[1] duplicou face aos dois anos anteriores (...) Se juntarmos à emigração permanente a emigração temporária[2]então em 2011 e 2012 saíram do país mas de 200 mil pessoas."

Assim, com principais resultados:
"O nº de nados vivos atinge o valor mais baixo desde que há registos, descendo abaixo dos 90 mil, pela primeira vez.
 O índice sintético de fecundidade atinge o valor mais baixo de sempre: 1,28 (crianças vivas nascidas por mulher em idade fértil).
 A mortalidade geral aumentou 4,6% face a 2011, passando a taxa bruta de mortalidade de 9,7 (óbitos por mil habitantes) para 10,2 (óbitos por mil habitantes) em 2012.
 A taxa de mortalidade infantil subiu de 3,1 (óbitos por mil nados vivos) em 2011, para 3,4 em 2012.
 As alterações na dimensão e composição por sexos e idades da população residente em Portugal, em consequência da descida da natalidade, do aumento da longevidade e, mais recentemente, do impacto da emigração, revelam, para além do declínio populacional nos últimos dois anos, um continuado envelhecimento demográfico”. Em 2012, o índice de envelhecimento foi de 131,1, ou seja por cada 100 jovens residiam em Portugal  131 idosos.
 Desde 2010 que o número de pessoas potencialmente a sair do mercado de trabalho (pessoas dos 55 aos 64 anos de idade) não é compensado pelo número de pessoas potencialmente a entrar no mercado de trabalho (pessoas com 20 a 29 anos de idade).Em 2012, o índice de renovação da população em idade ativa atinge o valor mais baixo (ou seja, por cada 100 pessoas potencialmente a sair do mercado de trabalho apenas 89 estariam potencialmente a entrar no mercado de trabalho).

O país regressou a saldo migratórios negativos em 2011 e 2012.
 Nos últimos dois anos (2011 e 2012), o nº de emigrantes permanentes[1] duplicou face aos dois anos anteriores. Nestes últimos 2 anos, saíram do país mais de 96 mil pessoas, na esmagadora maioria  de nacionalidade portuguesa (96%), com a intenção de residir fora por mais de um ano.  Só pessoas com 50 e mais anos saíram do país mais de 6 mil, enquanto nos 2 anos anteriores (2009 e 2010) tinham saído apenas 14 nas mesmas condições.
Se juntarmos à emigração permanente a emigração temporária[2], então em 2011 e 2012 saíram do país mas de 200 mil pessoas."

[1] Intenção de residir noutro país por um período igual os superior a 1 ano
[2] Intenção de residir noutro país por um período continuo inferior a um ano

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