terça-feira, 29 de outubro de 2013

Opinião - Atingimos um ponto de não retorno

É a minha convicção. O alarido na praça pública resulta do desencanto com a grave situação que vivemos, sobretudo porque os que nos governam, em vez de esperança, alento, só nos deprimem com notícias e medidas sucessivamente piores.
Contraditórios nas decisões que assumem e logo desmentem, mas depois aplicam, os 56 membros do executivo não se entendem entre si e a disputa interna, PSD/CDS, não deixa espaço para, ao menos, um pouco de razoabilidade.
Já todos sabemos que não há dinheiro que chegue para o ano de 2014 e a ida aos mercados com êxito, nas atuais circunstâncias, é muito improvável, mesmo cautelarmente almofadada. Há mais de uma ano que, na televisão e nos jornais, Marcelo, Marques Mendes ou Catroga, pregadores da Maioria, afirmaram que precisaríamos de mais dinheiro. Este último quantificou mesmo essa premência em 30 mil milhões de euros. Está tudo dito. Tudo a assobiar para o ar até ao tal dia, o da inevitabilidade.
Agora a SEDES, antes e sempre o CES, alertam-nos para um caminho errado. Agora não é só a rua, são as elites a funcionarem. Passos Coelho procura, afanosamente, estampar-se contra o Tribunal Constitucional. Já só quer sair. Só não percebo por que motivo teve tanta pressa em entrar. 

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