O Governo falhou todas as metas, defraudou todas as expetativas e não se entende quanto ao défice e quanto ao programa cautelar.
A oitava e nona avaliações ao programa português arrancam hoje, ao mesmo tempo,
com posições distantes entre o Governo e a 'troika'.
O Executivo já assumiu que
quer uma meta do défice mais suave para o próximo ano, mas as autoridades
internacionais, sobretudo o lado europeu, descartam essa possibilidade. Nas reuniões entre o Governo e a 'troika' um dos aspetos que
deverá ser discutido é a meta do défice para 2014, que foi revista em alta para
os 4% do Produto Interno Bruto (PIB) na sétima revisão ao programa de
assistência e que o Governo quer voltar a dilatar, agora para os 4,5%.
Outro assunto que deverá ser debatido também a partir de hoje é a
implementação de um programa cautelar em Portugal após o atual programa, em
junho de 2014. Vários elementos do Governo têm insistido que um programa cautelar
não é um segundo empréstimo.
Do lado europeu, o comissário europeu para os Assuntos Económicos
e Monetários, Olli Rehn, já disse que Portugal tem "várias opções
possíveis para uma fase pós-programa", mas alertou que qualquer apoio no
regresso aos mercados em 2014 obrigará a "condicionalidades",
mantendo a supervisão da 'troika'.
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