Pires de Lima, o novo ministro da Economia, reagiu com prudência à estimativa rápida do INE sobre o desempenho da economia do 2º trimestre. Os analistas e o PS também. Nem entendo como poderia ser de outra forma.
Objetivamente o INE disse duas coisas:
- A economia cresceu no 2º trimestre 1,1% se comparada com o mau desempenho do primeiro. E isso é um sinal positivo. É bom! Não é mau;
- E disse que este indicador, se comparado com o período homólogo do ano anterior, revela que a economia se afundou em mais 2%. E isso é um sinal negativo. É mau. Não é bom!
O que se deseja é que existam mais sinais positivos e o melhor de todos eles será quando a economia, no final do ano, estiver positiva e não negativa. E o motivo é simples: os
dados ontem conhecidos são estimativas rápidas, não são dados definitivos. Os
dados definitivos que o país conhece apontam para cerca de 900 mil
desempregados, quebra de 125.000 pessoas na população activa, recessão da
economia superior a 6% desde 2011 e mais de 3.800 falências de empresas este
ano.
Quando tivermos sinais de inversão deste contexto, então sim, teremos razões para esperar que possamos seguir em frente.
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