sexta-feira, 26 de julho de 2013

Pacheco Pereira: "A crise permanece idêntica...as eleições já estão em cima da mesa"

Tudo como dantes:
  1.  O falhanço dos primeiros dois anos, o que está expresso na carta de Gaspar.
  2. Permanece uma incompatibilidade de fundo entre política de rigor e política de crescimento, estando desequilibradas como estão.
  3. As eleições já estão em cima da mesa. Quer Passos, quer Portas, já estão a pensar em eleições; as pressões eleitorais são parte importante do discurso do crescimento.
  4. O pós-troika não significa qualquer alteração profunda para a vida portuguesa: a tentativa do PR em meter o PS no acordo tem muito a ver com a circunstância de que a política não pode mudar.
  5. Há uma ferida neste governo que não está resolvida: Portas está completamente fragilizado (e sabe-o) e quando se dão muitos poderes a alguém que o está, a primeira tentação é tentar usá-los para diminuir a sua fragilidade; se isso tiver resultados o conflito é com o PM e o PSD e só não há conflito se Portas falhar.
A natureza deste governo é estruturalmente tão instável que pode cair de um momento para o outro, mas também reconhece que estão de tal maneira numa situação de sobrevivência extrema que são capazes de engolir tudo.

Há um equívoco nos elogios a Pires de Lima, de que um bom gestor é necessariamente um bom ministro, sendo preciso moderar esta ideia.

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