Há 2 anos havia margem de manobra política, havia margem de manobra social, com os outros partidos, havia boa vontade da UGT, e nessa altura é que era fundamental haver consenso, havia margem de manobra para aplicar o memorando.. Dois anos depois, não há nada disso, há um bloqueio institucional completo.
O que chamam de consenso é fazer com que o PS assine por baixo as medidas do DEO, mais nada; porque o governo está muito isolado do ponto de vista político, com uma fractura entre o ministro da Economia e o MF, com duas facções no governo, e com uma segunda divisão entre os dois partidos da coligação.
É um bloqueio político de fundo, que impede qualquer espécie de sustentabilidade de qualquer plano político; vamos somar a esse bloqueio político um bloqueio social e de destruição da economia.
A "realidade" que o PM descreve é a realidade que o PM construiu, em que grande parte das dificuldades de pagamento resultam do aumento do peso exponencial das prestações sociais, pela destruição da economia.
Este impasse político tem um factor muito complicado, o tempo, que reproduz os programas de austeridade. Era possível haver negociações em 2011, não é possível em 2013. Estamos pior porque o governo cometeu todos os erros
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