Reforma da
Administração Pública - O que mais está sobre a mesa é a alteração do regime
jurídico (perda de regalias, despedimentos), o ponto que considera mais
preocupante.
A existência do estatuto de não despedimento (na FP) não é um
privilégio, tendo a ver com o facto do seu objectivo, da sua tarefa, ser a
defesa do interesse público; só assim é possível tomar decisões, salvaguardando
a sua independência. É ligeiro considerar que isso é um privilégio, sendo uma
característica ajustada à função que lhe é pedida. Se os FP perderem a independência,
corre-se o risco de maior corrupção, uma consequência que pode ser ainda mais
grave.
A diminuição de FP tem estado a ocorrer até em número
superior ao estabelecido pela troika. Não sabe se há FP a mais ou a menos, é
necessário fazer esses cálculos; é absolutamente essencial que antes de haver
decisões, haja estudos e análises. Não vê benefícios orçamentais a curto prazo
(com 30 ou 40 mil despedimentos) e vê a médio e longo prazo consequências
gravosas para o funcionamento da Administração Pública.Temos que ter cuidado em não abalar as nossas instituições.
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