(DEO) - Recomendava alguma consulta ao
principal partido da oposição e julga que
não foi feito. Ao mesmo tempo que o PM dirige convites ao PS para conversas para
obter consensos, na prática nada se faz para uma aproximação por parte do
governo.
O facto mais importante é que o governo está dizer que se propõe a
continuar a mesma estratégia orçamental que prosseguiu até agora e que não é de
consolidação das contas públicas. O facto criado por Vítor Gaspar hoje é que os portugueses deixarão
de falar em 4 mil milhões e passarão a falar de 6 mil milhões, e calendarizando
os cortes de forma a que os cortes menos duros incidirão sobre o ano
eleitoral.
O MF sabe pouco de economia, raciocina como se o PIB fosse um
factor que não depende de nós. Ao apresentar este DEO, o MF enterrou o
memorando para o crescimento e emprego que Álvaro Santos Pereira apresentou há
8 dias. Esta estratégia até 2017 vai trazer mais dívida e mais desemprego.
O CM
não conseguiu tomar decisões porque para este nível de cortes as medidas são
duríssimas e têm rebentado com o governo.
Vítor Gaspar falha as previsões e depois a troika adapta as
medidas; o que não estamos a conseguir fazer é conseguir uma negociação séria
com Bruxelas, quando o nosso interlocutor é um pró-consul de Bruxelas,
crescendo as vozes, incluindo no interior do CDS, de que é condição necessária
que Vítor Gaspar perca algum do seu poder no interior do governo.
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