quinta-feira, 11 de abril de 2013

José Junqueiro - Declaração Política - A radicalização do governo e a estratégia do 2º resgate


"O PS considerou hoje que o Governo já prepara o discurso para um segundo resgate de Portugal e sugeriu que se questione Cavaco Silva se as críticas do primeiro-ministro ao Tribunal Constitucional configuram um normal funcionamento das instituições.
Estas posições foram assumidas em plenário, na Assembleia da República, pelo vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS José Junqueiro.
Na sua intervenção, o "vice" da bancada socialista sustentou a tese de que o atual Governo "já está a preparar o discurso para justificar um segundo resgate" [financeiro] a Portugal.
Neste contexto, José Junqueiro referiu que dois antigos presidentes do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes, assim como o ex-ministro social-democrata das Finanças Eduardo Catroga já "defenderam a inevitabilidade desse segundo resgate". "Eduardo Catroga quantificou mesmo, dizendo que eram precisos mais 30 mil milhões de euros", observou José Junqueiro.
Outra linha da intervenção do vice-presidente da bancada socialista passou por acusar o atual Governo de radicalização, dando como exemplo as recentes críticas que Pedro Passos Coelho fez ao Tribunal Constitucional na sequência do chumbo de algumas normas do Orçamento do Estado para 2013.
"Pela primeira vez em democracia, um primeiro-ministro ataca o Tribunal Constitucional. Em democracia não se ataca o Tribunal Constitucional, cumpre-se a Constituição", contrapôs o dirigente socialista, antes de sugerir que se coloque uma questão a este mesmo propósito ao chefe de Estado, Cavaco Silva.
"Um dia alguém pode perguntar ao Presidente da República se considera tudo isto um normal funcionamento das instituições", disse.
Tal como afirmara na segunda-feira o secretário-geral do PS, António José Seguro, também José Junqueiro reiterou a ideia de que os socialistas recusam mais medidas de austeridade.
"Os senhores [da maioria governamental] sempre nos hostilizaram, foram radicais - são aliás o Governo mais radical que a democracia conheceu -, passaram o tempo a atacar o PS e agora querem o apoio do PS", afirmou José Junqueiro." LUSA



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