terça-feira, 2 de abril de 2013

Barómetro i/Pitagórica. Maioria apoia moção de censura de Seguro


Sondagem - Por Ana Tomás - Quatro em cada dez inquiridos defendem a moção do PS, que será discutida e votada no parlamento na próxima quarta-feira. A maioria dos portugueses defende a apresentação da moção de censura do PS ao governo. O documento que será debatido e votado em plenário na quarta-feira (3 de Abril) colhe o apoio de quatro em cada 10 inquiridos (42,6%) do barómetro i/Pitagórica.


Entre os que defendem a apresentação desta moção destacam-se as mulheres, os inquiridos com 55 anos ou mais, de classe social média e a maioria dos que votaram nos três partidos de esquerda nas últimas eleições legislativas. De resto, os dois partidos à esquerda do PS, PCP e BE, já anunciaram que iriam apoiar a moção dos socialistas.
A seguir àqueles que defendem a apresentação da moção de censura do PS surge uma percentagem significativa de inquiridos (25,3%) que, apesar de não se oporem a esta forma de oposição, consideram que os socialistas deviam adiar a apresentação desta moção de censura, por considerarem que ainda não é o momento ideal. Apenas 19,2% rejeitam a apresentação de uma moção de censura ao executivo de Passos Coelho, o que reflecte a quebra crescente na sua popularidade.
No barómetro i/Pitagórica publicado esta sexta-feira o governo recebia a nota de 5,2 numa escala de 0 a 20, a mais baixa de sempre atribuída ao executivo liderado por Passos Coelho
O número de inquiridos a avaliá-lo negativamente também subiu, de acordo com a mesma sondagem. No texto da moção de censura, os socialistas admitem pedir a demissão do governo se se mantiverem as mesmas políticas de austeridade. A sondagem que o i publicou na passada quinta-feira revelava que a maioria dos inquiridos era a favor de eleições antecipadas, caso o Tribunal Constitucional chumbasse algumas das normas do Orçamento do Estado para 2013. A mesma pesquisa dava uma vantagem ao PS nas intenções de voto (36,7%) e uma nova queda para o PSD (25,7%).
DISCUTIR CORTES ESTRUTURAIS Apesar de a maioria dos inquiridos pelo ser a favor da moção de censura do PS, mais de metade defende que os socialistas devem participar na discussão da reforma do Estado e dos cortes estruturais na despesa pública. O PS tem recusado entrar nessa negociação com o executivo, com o argumento de que não concorda com o estabelecimento prévio da meta de 4 mil milhões de euros para os cortes, mas 53,8% dos inquiridos consideram que os socialistas deveriam fazê-lo. Entre os defensores da reforma a negociar entre PSD, CDS e PS destacam-se os homens, os inquiridos com idades entre os 18 e os 34 anos, de classe social alta A/B, e a maioria dos que votaram nos partidos da maioria (PSD e CDS) nas últimas eleições legislativas. Menos de 35% dos inquiridos (34,8%) recusam qualquer negociação dos socialistas.

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