PSD e
CDS vivem em crise permanente. Raro é o dia em que na opinião pública não surge
um diferendo na coligação. Sobretudo a partir de 15 de Setembro de 2011,
aquando da grande manifestação nacional, nada ficou como dantes. Vive-se um
ambiente de rutura a qualquer momento. O PS tem, por isso, a responsabilidade
de acelerar o seu programa de governo.
O
Presidente da República, Bagão Félix, Mota Amaral, Manuela Ferreira Leite e
inúmeras figuras públicas que ajudaram a constituir esta maioria têm sido extremamente
críticas para com o governo de Passos Coelho e Paulo Portas. Estes são sinais
que obrigam o PS a preparar-se com mais intensidade.
Seriamente,
não pode o primeiro-ministro, conhecidos que são por todos os portugueses os
resultados da governação, estranhar ou, mais grave ainda, acusar António
Seguro, por fazer aquilo que lhe compete: preparar uma alternativa.
Foi isso que continuou a fazer em Coimbra, este sábado. E foi aberto à comunicação social e a todos os cidadãos que livremente se quiseram inscrever e participar. Foi exatamente o contrário do que fez o governo quando, também nesta semana, reuniu algumas dezenas de pessoas, por si escolhidas como "sociedade civil" e, às escondidas da opinião pública, com a exclusão dos jornalistas, falou sobre os cortes no Estado Social que não na Reforma do Estado.
A reunião
geral do LIPP (Laboratório de Ideias) em Coimbra é por isso parte da solução e não parte do problema.
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