JÁ TEMOS UM NOVO GOVERNO. Pelos vistos, só existe FMI. Para quê ter e pagar a este governo, aos mil nomeados nos gabinetes que se incluem nos 3800 espalhados pelos grupos de trabalho e administração (até ao início desta semana)? Sim se o FMI diz que "São vários os caminhos para a reforma do Estado. Todos são dolorosos e uns são mesmo classificados como radicais. O FMI diz que chegou a hora de fazer mudanças "inteligentes" para cortar na despesa." Então "Conheça a receita do FMI."
FMI diz que chegou a hora das reformas "inteligentes"; Função Pública volta a ser a mais visada no corte de quatro mil milhões; FMI sugere cortes até 20% nas pensões e subida da idade da reforma; Subsídio de desemprego continua demasiado longo e elevado; Cortes na Função Pública devem atingir salários mais baixos e serem permanentes; Dois anos na mobilidade especial pode conduzir ao despedimento; FMI admite dispensa de 50 mil entre professores e pessoal auxiliar; Governo tem margem para voltar a subir taxas moderadoras na Saúde; FMI sugere delegação de competências de ensino nos privados
FMI propõe dispensa de 50 mil professores e novo corte nas pensões
Económico
09/01/13 08:06
No relatório pedido
pelo Governo, o FMI propõe reduções adicionais de funcionários e de salários no
Estado, noticia o Jornal de Negócios.
O aumento das taxas moderadoras, a
dispensa de 50 mil professores e um corte em todas as pensões são algumas das
medidas propostas do Fundo Monetário Internacional num relatório pedido pelo
Governo sobre o corte nas funções do Estado.
O Económico já questionou o gabinete do
primeiro-ministro e o Ministério das Finanças sobre este documento, mas até ao
momento não obtivemos qualquer esclarecimento.
No relatório, divulgado hoje pelo Jornal
de Negócios, mas que tem data de Dezembro, o Fundo Monetário Internacional
(FMI) detalha medidas que "poderão aumentar a eficiência do Estado,
reduzindo a sua dimensão de forma a suportar a saída da crise".
No documento, o FMI propõe "um
corte permanente na despesa de quatro mil milhões de euros a partir de 2014,
que poderá ser precedido de uma redução de 800 milhões já este ano".
Redução de funcionários e salários na
Educação, Saúde e forças de segurança e cortes no Estado Social, que consideram
iníquo, especialmente para os mais jovens, são algumas das áreas a que o FMI dá
especial atenção.
O documento, que já foi entregue ao
Governo português, refere que há classes profissionais (polícias, militares,
professores, médicos e juízes) que têm "demasiadas regalias".
No relatório é referido que os polícias,
os militares e os professores "continuam a ser um grupo privilegiado na sociedade", que
os médicos têm salários excessivamente elevados (principalmente devido ao
pagamento de horas extraordinárias) e os magistrados beneficiam de um regime
especial que aumenta as pensões dos juízes em linha com os salários".
De acordo com o FMI, o corte dos
salários dos funcionários públicos e nas pensões são as duas vias centrais para
a redução do peso do Estado.
O FMI chama também a atenção para o
sistema de protecção social, que diz ser "demasiado dispendioso, injusto e
especialmente para os mais jovens", defendendo que o "subsídio de
desemprego continua demasiado longo e elevado".
A dispensa de 50 mil professores, que
permitiria uma poupança até 710 milhões, e um aumento das propinas no ensino
superior são outras opções apontadas no relatório
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