Um novo ano corresponde sempre a uma nova esperança. Todos esperam que tudo corra melhor. Não há nenhum bom motivo para às zero horas do dia 31 não
fazermos o que é tradicional: por cada passa,
um desejo. Apesar de tudo o que é conhecido, a vontade de
vencer deve estar presente. Espírito positivo, portanto.
Em Outubro teremos eleições
autárquicas. A renovação no poder local será a maior de sempre. Justa ou
injustamente, a verdade é que, pela aplicação da lei, todos os presidentes de câmara e de junta com mais de doze anos de serviço público vão mudar.
O momento será de reconhecimento pelo
progresso realizado nas suas freguesias e concelhos e transporta consigo a
ideia de uma nova geração de autarcas, com perspetivas
diferentes, com um novo olhar sobre a gestão do território e qualificação da vida das pessoas. Todos
terão, no entanto, o mesmo desejo:
valorizar o que está bem e descobrir o que pode
ser ainda melhor. Serão dez meses de debate intenso
em todo o país.
Durante este período teremos uma primeira
grande expectativa nacional, no início da primavera: o resultado
da execução orçamental do governo. A esperança
é a de que surjam sinais claros
de viragem na crise que ainda não parou de se agravar.
Se a dívida era de 94% do PIB, hoje
ultrapassa os 120%; se o desemprego esperado era de pouco mais de 13%, hoje vai
a caminho dos 17%; se o número de insolvências no nosso distrito era preocupante, hoje aumentou
42,9%; se o saldo entre exportações e importações é tendencialmente positivo,
sabemos que os motivos não são são os melhores: o crescimento
das exportações ficou aquém do esperado e a queda nas importações foi muito para além do previsto, facto que se
explica pelo nosso crescente empobrecimento.
Com os cortes anunciados a expetativa é enorme. Por isso, depois de todos os sacrifícios impostos, de se ter rasgado o contrato social, de se
ter quebrado a relação de confiança entre o Estado e as pessoas ( subsídios, pensões.....) de se ter
concessionado, privatizado ou vendido tudo o que era setor estratégico rentável, tudo em nome da recuperação, nada poderemos esperar de pior. A ser assim, aqui deixo
os meus votos de um novo ano.... melhor!
DV 2012.12.26
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