Síntese - (Opinião) AS RÁDIOS DEIXARAM DE TER SERVIÇO NOTICIOSO PLENO - Falta de médicos, aumento de 43% nas insolvências e 28% no desemprego, paragem ou anulação de todos os investimentos previstos, possibilidade de deslocalização de empresas como a JLS ou Patinter, aperto aos que sempre tiveram coragem de investir entre nós, dificuldades das famílias, perseguição aos reformados, falência na rede de farmácias, esmagamento de taxistas ou, entre tanto exemplos, destruição da restauração são BOAS RAZÕES PARA TERMOS ESPAÇO NOTICIOSO E DE DEBATE.
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No
concelho de Viseu as rádios locais deixaram de ter serviço noticioso pleno.
Felizmente que não é assim em todo o distrito. As de Tondela, Sátão, Mangualde,
Vila Nova de Paiva, Vouzela, S. Pedro do Sul, Lamego são exemplos, entre
outros, das que continuam a dar voz aos problemas locais e estimulam a
discussão política. Em Viseu, depois de terem silenciado a Radio Noar,
perdeu-se uma mais-valia na capital do distrito, consubstanciada num espaço que
permitia o debate público.
As
televisões fazem o seu trabalho, mas é difícil encontrar espaço para além
daquilo que são notícias mais institucionais, incluindo as de política nacional
com incidência local. As redes sociais fazem um serviço notável e são um espaço
genuíno e espontâneo de opinião.
Os
jornais continuam ativos e, regra geral, com clara pluralidade na opinião. No
entanto, a Lusa, corre o risco de encerrar os seus serviços. O governo, ao
diminuir em 31% o orçamento para a agência noticiosa, vai diminuir e silenciar
um espaço fundamental para a vida e interesse público. A ser assim, toda a
região, este nosso interior, perderá uma oportunidade de ter voz nacional.
Curiosamente,
as vozes daqueles que foram eleitos nossos representantes ao nível da
administração local ou da Assembleia da República, salvo raríssimas exceções,
convivem bem com esta situação. É um erro. Não desistiremos, deputados
socialistas, de dar voz aos que têm dificuldade em fazer ouvir a sua. É bom que
as pessoas sintam que pode haver liderança para um tempo novo onde a
resignação, o conformismo e o silêncio não terão lugar.
Falta
de médicos, aumento de 43% nas insolvências e 28% no desemprego, paragem ou
anulação de todos os investimentos previstos, possibilidade de deslocalização
de empresas como a JLS ou Patinter, aperto aos que sempre tiveram coragem de
investir entre nós, dificuldades das famílias, perseguição aos reformados,
falência na rede de farmácias, esmagamento de taxistas ou, entre tanto
exemplos, destruição da restauração são boas razões para termos espaço
noticioso e de debate.
Uma
coisa é certa, Viseu não pode resignar-se com esta situação. Há quem não
queira, mas posso assegurar que os viseenses continuarão a ter voz.
DV
2012.10.31
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