Síntese (opinião DV) - Nos próximos dias assistiremos ao debate de um novo resgate ou da mesma realidade que o Presidente da República quer que tenha outro nome, mas que se resume ao mesmo: a mais dinheiro. A verdade é que à recessão em espiral sucede endividamento em espiral e se não houver crescimento não haverá como pagar. Portanto, o PSD e o CDS, a maioria absoluta que tanto disse em campanha e desdisse no governo, têm de perceber que esgotaram o saco do passado e todos estamos à espera do futuro que nos prometeram.
O
país atingiu um ponto de não retorno. A política de austeridade do governo
paralisou a economia, limitou as famílias e, tal como às empresas, está a
conduzi-las à insolvência. Este ambiente é insuportável e era bom que o
governo, os partidos da maioria, viessem dizer a verdade: esgotaram as
soluções, mentiram e erraram.
Hoje,
dia 7, um diário da especialidade titula: “Banqueiros querem dar mais crédito e
pedem pacto para crescimento”. Nas últimas semanas, os que estão de fora, mas
constituem as elites do CDS e do PSD, têm-se desmultiplicado em declarações no
sentido de renegociar com a Europa um calendário que nos dê mais tempo, juros
mais baixos e viabiliza políticas de crescimento.
O
que estão, neste momento, todas as pessoas a dizer? É simples, o mesmo que o PS
no último ano e meio vem propondo: uma política para o crescimento e emprego,
que implica mais tempo e juros mais baixos, bem como melhor afetação dos
recursos nacionais.
Os
7,5 mil milhões parados, por desnecessários no resgate à banca, os 3 mil
milhões do QREN parados, a linha de financiamento de 5 mil milhões a funcionar
junto do BEI, ou a baixa de impostos, nomeadamente o IVA, em setores
estratégicos como sejam o das energias ou da restauração, são exemplos de
alternativas concretas que o governo não quis aceitar.
Nos
próximos dias assistiremos ao debate de um novo resgate ou da mesma realidade
que o Presidente da República quer que tenha outro nome, mas que se resume ao
mesmo: a mais dinheiro. A verdade é que à recessão em espiral sucede
endividamento em espiral e se não houver crescimento não haverá como pagar.
Portanto,
o PSD e o CDS, a maioria absoluta que tanto disse em campanha e desdisse no
governo, têm de perceber que esgotaram o saco do passado e todos estamos à
espera do futuro que nos prometeram.
DV
2012-11-07
Sem comentários:
Enviar um comentário