sexta-feira, 9 de novembro de 2012

(Opinião DV) À ESPERA DO FUTURO QUE NOS PROMETERAM



Síntese (opinião DV) - Nos próximos dias assistiremos ao debate de um novo resgate ou da mesma realidade que o Presidente da República quer que tenha outro nome, mas que se resume ao mesmo: a mais dinheiro. A verdade é que à recessão em espiral sucede endividamento em espiral e se não houver crescimento não haverá como pagar. Portanto, o PSD e o CDS, a maioria absoluta que tanto disse em campanha e desdisse no governo, têm de perceber que esgotaram o saco do passado e todos estamos à espera do futuro que nos prometeram.

O país atingiu um ponto de não retorno. A política de austeridade do governo paralisou a economia, limitou as famílias e, tal como às empresas, está a conduzi-las à insolvência. Este ambiente é insuportável e era bom que o governo, os partidos da maioria, viessem dizer a verdade: esgotaram as soluções, mentiram e erraram.
Hoje, dia 7, um diário da especialidade titula: “Banqueiros querem dar mais crédito e pedem pacto para crescimento”. Nas últimas semanas, os que estão de fora, mas constituem as elites do CDS e do PSD, têm-se desmultiplicado em declarações no sentido de renegociar com a Europa um calendário que nos dê mais tempo, juros mais baixos e viabiliza políticas de crescimento.
O que estão, neste momento, todas as pessoas a dizer? É simples, o mesmo que o PS no último ano e meio vem propondo: uma política para o crescimento e emprego, que implica mais tempo e juros mais baixos, bem como melhor afetação dos recursos nacionais.
Os 7,5 mil milhões parados, por desnecessários no resgate à banca, os 3 mil milhões do QREN parados, a linha de financiamento de 5 mil milhões a funcionar junto do BEI, ou a baixa de impostos, nomeadamente o IVA, em setores estratégicos como sejam o das energias ou da restauração, são exemplos de alternativas concretas que o governo não quis aceitar.
Nos próximos dias assistiremos ao debate de um novo resgate ou da mesma realidade que o Presidente da República quer que tenha outro nome, mas que se resume ao mesmo: a mais dinheiro. A verdade é que à recessão em espiral sucede endividamento em espiral e se não houver crescimento não haverá como pagar.
Portanto, o PSD e o CDS, a maioria absoluta que tanto disse em campanha e desdisse no governo, têm de perceber que esgotaram o saco do passado e todos estamos à espera do futuro que nos prometeram.
DV 2012-11-07

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