domingo, 28 de outubro de 2012

OPINIÃO - "CORTES SOBRE A DECÊNCIA"

Síntese - O Presidente da República, no final do 1º trimestre, poderá e deverá tirar conclusões. Sim, enquanto se “esmifram” os salários dos portugueses, o governo não utiliza 7,5 mil milhões de euros PARADOS a uma taxa de juro próxima do zero, mas que a nós nos custa 250 milhões de euros. Esta “almofada” de Vítor Gaspar, reservada para os seus falhanços, é feita à custa dos nossos salários, de uma novo imposto de 6% lançado sobre o subsídio de desemprego, de 5% lançado sobre o subsídio de doença, do corte de 50% sobre o subsídio de funeral, do corte das pensões dos reformados … do CORTE SOBRE A DECÊNCIA.--------------------------------------------------------

Jorge Sampaio, em entrevista, disse “…acho que há um momento para ver o que é a receita [doGoverno] produz, que é o primeiro relatório sobre a execução orçamental de 2013. Nesse caso, com todo o respeito, o Presidente da República poderá tirar consequências que eu não sei quais são. Há um prato, há uma panóplia de conclusões possíveis”.
A afirmação é pertinente e passo a explicar. Ex-presidentes ou ministros do PSD e do CDS, alguns dos quais comentadores televisivos, têm insistido nas críticas aos erros que o governo tem vindo a acumular com uma política de austeridade feita à custa dos rendimentos das famílias, dos trabalhadores e dos reformados em geral.
O governo de Vítor Gaspar já não ouve e, verdadeiramente, nunca quis ouvir. Hoje em dia, como é público, não estamos a pagar apenas os nossos compromissos. Esses não exigiam tamanhos sacrifícios.
O que verdadeiramente estamos a pagar, sem retorno, são os falhanços orçamentais do governo. O país endivida-se a um ritmo de 30 milhões por dia. A nossa dívida passou de 94% do PIB para 117,5%. A inexistência prática de um primeiro-ministro autêntico, permite que Vítor Gaspar se alimente de orçamentos retificativos, cada um pior do que o outro, e viabiliza a descoordenação global dos seus ministros.
O último episódio com o ministro da Solidariedade Social é um bom exemplo. Põe em cima da mesa uma hipótese de corte em 10% no subsídio de desemprego mais baixo. Depois, em 24h, faz de conta que dá o dito por não dito, que recua perante o que nunca existiu. No final, verdadeiramente, os subsídios de desemprego serão taxados com 6%.
Estas fintas à verdade não são admissíveis e, de algum modo, podemos perguntar como será possível à oposição apresentar alternativas se o governo não se entende ou ainda não sabe bem quais são as suas próprias propostas?
Por tudo isto, o Presidente da República, no final do 1º trimestre, poderá e deverá tirar conclusões. Sim, enquanto se “esmifram” os salários dos portugueses, o governo não utiliza 7,5 mil milhões de euros PARADOS a uma taxa de juro próxima do zero, mas que a nós nos custa 250 milhões de euros. Esta “almofada” de Vítor Gaspar, reservada para os seus falhanços, é feita à custa dos nossos salários, de uma novo imposto de 6% lançado sobre o subsídio de desemprego, de 5% lançado sobre o subsídio de doença, do corte de 50% sobre o subsídio de funeral, do corte das pensões dos reformados … do CORTE SOBRE A DECÊNCIA.

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