Debate das moções de censura) - O que se viu hoje foi um governo acossado, com ar carregado
e como se estivesse num enterro, preso a medidas inexplicáveis e tendo como
recurso um regresso permanente ao passado que deixou de fazer sentido;
pergunta-se o que fez o governo em ano e meio em relação às duas matérias
(rendas excessivas e PPP) de que acusou o PS; é um governo que não tem nada a
oferecer e que tem vergonha de falar das suas próprias medidas.
É um governo que está a ser posto em causa pelo país, não
deixando de ser engraçado que tenhamos deixado de ser “cigarras”, “piegas”, com
medo de sair da “zona de conforto”, “ignorantes” e tenhamos passado a ser um
“bom povo”.
É nítido um mal-estar do CDS e isso viu-se nas imagens do
debate, com sinais caricatos e penosos (Relvas e Passos a rirem e Portas a
esconder a cara); sabe que há ministros do PSD que também acham que devia ter
havido corte na despesa; entende-se (das palavras de Portas) que se não fosse
esta situação de “salvação nacional”, o CDS sairia porta fora do governo e
antecipam-se mais momentos de tensão (com dossiers RTP, CGD).
Declarações de Teresa Leal Coelho (do debate e dos salários
de quem intervinha no debate serem financiados pela troika) são das coisas mais
graves que já foram ditas no parlamento; a conclusão que se retira das suas
palavras era que se deveria acabar com o parlamento e ter lá os 3
representantes da troika.
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