Os números divulgados esta semana pelo INE confirmam, infelizmente, os piores receios do PS. Há um aprofundamento da crise, o empobrecimento ganhou inusitada velocidade e, relativamente há um ano, há mais 205 mil portugueses sem emprego, tal como aconteceu a mais 27 mil licenciados, em igual período.
Portugal atingiu o pior resultado de sempre no desemprego, quebrando a barreira dos 15%, com enorme incidência nos jovens. São mais de 850 mil as pessoas atingidas, sendo que 60% já perderam o respetivo subsídio.Por outro lado, Portugal lidera a tabela mundial de risco de insolvência de empresas, a produção industrial afunda-se, a economia registou o pior desempenho europeu no 2º trimestre, face ao primeiro, e permanece em queda pelo sétimo período consecutivo. O senhor Presidente da República estimulou o derrube do governo anterior. Deu o tiro de partida com o seu discurso de tomada de posse, a 9 de março de 2011. PSD e CDS lideraram a estratégia e "inventaram" um projeto de resolução que rejeitava o quarto PEC, mesmo sabendo que o documento acabara de ser aprovado pelos chefes de estado e de governo, pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu. A Europa ficou estupefacta!Os comunistas esfregaram as mãos e os bloquistas apresentaram mesmo uma moção de censura. Quanto pior melhor. Sempre pensaram assim. A direita contava com eles como se veio a verificar. A uma crise internacional foi somada uma crise política. Tal como a oposição à direita sempre desejou, explicitamente, o FMI entrou em Portugal.Estamos pior e não melhor. O PSD e o CDS não tinham nem são alternativa. O senhor Presidente da República, tal como o governo, regista uma apreciação negativa por parte dos portugueses. Todos percebemos que PSD e CDS passam o tempo a oferecer-nos uma "parte conveniente" do passado, embora nos tivessem prometido o futuro. A receita da austeridade cega e extrema claudicou. Mesmo à porta fechada, no Aquashow do Algarve, Passos Coelho deve uma explicação ao país. DV 2012.08.14
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