Síntese - O BIC de Mira Amaral concorreu, ganhou, eliminou outros interessados e depois DEU O DITO POR NÃO DITO. Passos Coelho foi pedir por favor ao BIC para comprar o BPN "custasse o que custasse" ou seja "a qualquer preço". Total OPACIDADE e venda ruinosa - "vendeu-se por 40 milhões algo em que o Estado teve de investir 400 milhões para conseguir essa venda. E teve de assumir a responsabilidade nos despedimentos e indemnizações de cerca de 50% do seu pessoal e o encerramento de balcões”. Não foi para salvar postos de trabalho. As centenas de milhar de desempregados e as empresas que NÃO SÃO da SLN não tiveram tal tratamento. PASSOS COELHO NÃO RESISTIU À PRESSÃO.
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O Partido Socialista considera que as respostas do primeiro-ministro à comissão parlamentar de inquérito do BPN confirmam que a venda do banco ao BIC foi “ruinosa” e “cheia de opacidade”.
O Partido Socialista considera que as respostas do primeiro-ministro à comissão parlamentar de inquérito do BPN confirmam que a venda do banco ao BIC foi “ruinosa” e “cheia de opacidade”.
“Confirmaram-se as piores apreensões”, disse à Lusa o
deputado do PS José Junqueiro, considerando que as respostas de Passos Coelho à
Comissão Parlamentar de Inquérito ao processo de nacionalização, gestão e
alienação do Banco Português de Negócios, S.A..
Para o deputado socialista, as respostas do
primeiro-ministro, por escrito, relevam que a venda, já este ano, do BPN ao BIC
“foi ruinosa para os portugueses e que é um venda cheia de opacidade”.
“Ruinosa porque vendeu-se por 40 milhões de euros algo em
que o Estado teve de investir 400 milhões para conseguir essa venda. E teve de
assumir a responsabilidade nos despedimentos e indemnizações de cerca de 50% do
seu pessoal e o encerramento de balcões”, acrescentou.
Quanto à “opacidade”, José Junqueiro apontou que “o BIC
concorreu e eliminou a concorrência, depois o BIC desistiu do negócio e logo a
seguir o primeiro-ministro pede por favor ao BIC para vir comprar a qualquer
preço o BPN”.
“É ruinoso como negócio e também como procedimento é algo
que está cheio de opacidade e competirá agora à comissão de inquérito elucidar
até ao fim [o processo de venda do banco]”, acrescentou.
José Junqueiro disse ainda estranhar “muito” que “uma
matéria que é da reserva da comissão de inquérito da Assembleia da República
seja do conhecimento público quando neste período não há trabalhos nem da
comissão da inquérito nem da Assembleia da República” por causa das férias de
verão.
O primeiro-ministro confirmou, numa resposta enviada aos
deputados da comissão de inquérito ao BPN, que em novembro de 2011 intercedeu
junto do Governo de Angola para que este convencesse o presidente do BIC a
regressar a Lisboa e, eventualmente, retomar as negociações para a compra do
BPN.
Passos Coelho diz que tomou a iniciativa de intervir na
venda do BPN, após a rutura das negociações com o BIC, pela importância do
negócio para o Estado português e pelos despedimentos que implicaria a
liquidação do banco.
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