terça-feira, 12 de junho de 2012

HOLLANDE ENCARECE DESPEDIMENTOS PARA COMBATER O DESEMPREGO DE 10%

Síntese - AO CONTRÁRIO DE PORTUGAL em que o PSD/CDS facilita o despedimento, baixa as indemnizações, HOLLANDE (que herdou o desemprego mais elevado dos últimos 13 anos) está legislar para dificultar os despedimentos tornando-os mais caros e mais difíceis.  O ministro do Trabalho, Michel Sapin disse: "A ideia principal é encarecer de tal ordem os despedimentos que não compense às empresas [fazê-lo]", disse Sapin em entrevista à rádio France Info.
Num mês, Hollande cumpre promessas
O novo governo socialista francês está a planear uma nova lei de trabalho que aumente o custo dos despedimentos. A medida estará pronta dentro de meses, segundo anunciou hoje o ministro do Trabalho, após a notícia do aumento da taxa de desemprego para 10%.
A França tinha anunciado recentemente a redução da idade da reforma para os 60 anos no caso de trabalhadores com carreiras contributivas mais longas, dando assim cumprimento à promessa eleitoral e desafiando os problemas económicos e a advertência da União Europeia sobre a sobrecarga da Segurança Social.
O presidente François Hollande assumiu o cargo no mês passado com a promessa de combater o desemprego, que atingiu agora o nível mais elevado dos últimos 13 anos.
Num contexto de conomia estagnada, o ministro do Trabalho, Michel Sapin, disse serem necessárias medidas urgentes contra o desemprego e que iria implementar uma nova lei após as férias de Verão.
"A ideia principal é encarecer de tal ordem os despedimentos que não compense às empresas [fazê-lo]", disse Sapin em entrevista à rádio France Info. "Não se trata de sanções, mas de dar compensações adequadas aos trabalhadores", complementou.
A iniciativa de encarecer os despedimentos em França, onde já estão altamente regulamentados e, muitas vezes, são muito dispendiosos para os empregadores, contrasta com as medidas em curso noutros países da Zona Euro, como Itália e Espanha, onde o despedimento se tornou mais barato.
Sapin, um ex-ministro e amigo de longa data de Hollande, disse que o Governo não pode ficar de braços cruzados enquanto as empresas otimizam os seus modelos de funcionamento para melhorar a sua rentabilidade e aumentar os dividendos pagos aos acionistas.

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