quinta-feira, 29 de março de 2012

TVI - PASSOS COELHO - ÚNICA CERTEZA : AGORA ESTAMOS PIOR!

O Partido Socialista diz que o primeiro-ministro revelou hoje a sua "insensibilidade social" ao mostrar-se, na entrevista que deu à TVI, mais preocupado com os cofres do Estado do que com as pessoas.
Numa reação hoje no Parlamento, o líder parlamentar socialista, Carlos Zorrinho, destacou como "momento muito marcante" da entrevista de Passos Coelho a resposta que o primeiro-ministro deu em relação à evolução do desemprego. "Respondeu que não tinha a certeza, que não sabia [se o desemprego vai aumentar], mas esperava que não porque isso seria muito negativo para os cofres do Estado. Ora esta resposta revela tudo sobre uma política, revela tudo sobre a insensibilidade social de um primeiro-ministro que, com um milhão e duzentos mil desempregados, com mais de 35% dos jovens desempregados, está preocupado com o cofres do Estado, que é importante, mas não está preocupado com as pessoas, não assumiu nesta entrevista nenhum compromisso com as pessoas", disse Carlos Zorrinho.
 "Reparem que os compromissos com os mercados foram todos assumidos, não há nenhum adiamento, tudo será cumprido, mas não há nenhum compromisso com as pessoas", sublinhou o líder do grupo parlamentar do PS, para quem esta "foi uma entrevista que revelou um primeiro-ministro que, ao fim de nove meses, não tem nenhum resultado positivo para anunciar ao país".
Sobre as referências ao Partido Socialista, Zorrinho considerou que Passos Coelho "endossou para as bases a crispação em relação ao PS", mas o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, "não é propriamente base e fez uma intervenção muito crispada [no congresso social-democrata do passado fim-de-semana], o ministro Miguel relvas está longe de ser uma base e fez uma intervenção muito crispada". "
O PSD tem de se decidir, há claramente um PSD de duas caras, um PSD que esteve durante dois dias no congresso, o PSD do discurso final do primeiro-ministro... Há um PSD que quer dialogar com o PS, há um PSD que está crispado, o PSD tem de tomar uma decisão", acrescentou.
Quanto à questão da inscrição dos limites do défice e da dívida na legislação nacional, a chamada "regra de ouro" que Passos Coelho quer que seja aprovada numa lei que só alterável por uma maioria de dois terços, Zorrinho afirmou que "a posição do PS é muito clara", explicando que o partido defende que esse limite seja integrado na lei de enquadramento orçamental e que "isso não deve ser considerado como arma de arremesso, deve ser considerado como assunto de Estado".

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