quarta-feira, 21 de março de 2012

EDUARDO CATROGA, O DEUS JANO E A EDP! ...... E NÓS!

TAL COMO JANO era "o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, simbolizando os términos e os começos, o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas", TAMBÉM CATROGAtem 2 olhares sobre a EDP. Um antes - como negociador PSD no memorando, no progrma do seu governo, definindo as privatizações -  e outro agora, como PRESIDENTE da SUPERVISÃO da EMPRESA. Tudo feito em chinês pelo 1ºMinistro e PAGO EM PORTUGUÊS por todos nós!

Eduardo Catroga e a energia. O antes e o depois da EDP - Margarida Bon de Sousa

"Programa eleitoral do PSD, feito pelo ex-ministro de Cavaco e Carlos Moedas, apontava para a criação de mercados liberalizados e altamente competitivos. Eduardo Catroga lançou ontem mais umas achas para a fogueira das rendas pagas aos produtores de energia, ao considerar que o Estado regulador tem toda a autonomia para querer alterar regras de jogo, mas só depois de fazer contas com o Estado accionista.

De acordo com declarações feitas à SIC, o agora presidente do conselho geral de supervisão da EDP falou sobre a questão, que já provocou uma baixa no gabinete do ministro da Economia, defendendo que “os accionistas da empresa já pagaram estes contratos. O seu valor económico foi incluído no preço das acções que o Estado vendeu na primeira, segunda, terceira, quarta, quinta, sexta, sétima e oitava fases. A empresa é alheia a este problema. É um problema entre o Estado accionista e o Estado regulador”.

O ex-ministro das Finanças de Cavaco disse ainda que é preciso definir o que são “rendas excessivas”, admitindo que “existem outras em vários sectores da economia nacional, fruto de políticas erradas durante muitos e muitos anos”.

Mas enquanto relator do programa de governo do PSD para as últimas eleições, o então braço-direito de Pedro Passos Coelho protagonizava uma posição muito diferente. Juntamente com o agora secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, preconizava uma “nova política energética que seja mais equilibrada e direccionada para a resolução dos problemas actuais das empresas, das famílias e do país no seu conjunto”.

Como? “Garantindo um modelo energético de racionalidade económica e incentivos verdadeiros aos agentes de mercado, adoptando uma trajectória de redução dos défices tarifários, visando no médio prazo a sua eliminação e procedendo a uma sistemática e rigorosa reavaliação dos projectos de investimento existentes.”

Os dois economistas defendiam ainda a promoção da “competitividade, a transparência dos preços, o bom funcionamento e a efectiva liberalização de todos os mercados energéticos (electricidade, gás natural, combustíveis e restantes derivados do petróleo)”.

Outro ponto incluído no documento do PSD: garantir fontes de energia final a preços relativamente competitivos, contribuindo para reduzir os custos intermédios das empresas e aumentar a sua competitividade nos mercados internacionais.

Mercados energéticos liberalizados, altamente competitivos, com mecanismos transparentes de fixação de preços e uma regulação estável e bem aplicada eram então a bandeira do PSD para as eleições que acabou por vencer.

Agora, Catroga considera que não se pode é centrar todas as atenções na EDP, que está a “ser objecto de uma campanha”, disse à SIC. “Em vez de quererem olhar para a floresta, querem apenas atacar a árvore ou alguns dos seus ramos. Se eu fosse governo”, acrescentou, “a minha recomendação era, vamos analisar todos os custos de interesse económico geral: desde a co-geração aos pagamentos às câmaras municipais, aos subsídios, às regiões autónomas da Madeira e dos Açores, aos subsídios às renováveis, aos chamados contratos de aquisição de energia… Todas essas situações têm de ser escrutinadas"

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