ISTO ESTÁ BONITO !!! - Os deputados do PSD lançaram hoje um repto ao secretário de Estado do Desenvolvimento Regional para que venha ao Douro conhecer os problemas e apresentar soluções e acusaram Daniel Campelo de alguma inércia ... porque consideraram que um governante tem estado “um pouco distante dos problemas e tem esquecido a Região Demarcada do Douro”.
Alijó, 12 mar (Lusa) – Os deputados do PSD lançaram hoje um repto ao secretário de Estado do Desenvolvimento Regional para que venha ao Douro conhecer os problemas e apresentar soluções e acusaram Daniel Campelo de alguma inércia relativamente à região demarcada.
Os cinco deputados sociais-democratas eleitos pelos distritos de Vila Real e Viseu visitaram hoje a Adega Cooperativa de Favaios, no concelho de Alijó. No final, Pedro Pimentel lançou um repto a Daniel Campelo, porque considerou que um governante tem estado “um pouco distante dos problemas e tem esquecido a Região Demarcada do Douro”.
O deputado defendeu que o senhor secretário de Estado deve, nos próximos dias, reunir na Régua com o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), e as profissões (comércio e produção). O objetivo é que, com o máximo de urgência possível, o Governo apresente algumas soluções para o sector vitivinícola duriense.“Já se passaram alguns meses e tem havido inércia por parte da Secretaria de Estado relativamente a estas questões do Douro”, frisou.
Com a visita a Favaios, os parlamentares quiseram chamar a atenção para um “bom exemplo” no sector cooperativo duriense. É que, muitas das adegas possuem grandes dívidas e contabilizam atrasos no pagamento das uvas aos viticultores, que se arrastam de vindima para vindima.
As 20 unidades cooperativas que existem no Douro representam entre 30 a 35 por cento do vinho do Porto produzido na região e cerca de 40 a 45 por cento do vinho de mesa, o designado DOC Douro. No seu total, possuem perto de 25 mil associados.“O Douro está em crise, mas ela não começou agora, nem há oito meses. Ela já se arrasta há vários anos e, sobretudo, salientou-se com a redução de 25 mil pipas de benefício na última vindima”, salientou Pedro Pimentel.
Em 10 anos, o benefício, ou seja a quantidade de mosto que pode ser transformado em vinho do Porto, foi reduzido em 45 por cento, de 145 mil pipas em 2001 para as 85 mil em 2011.
Em outubro, o grupo parlamentar social-democrata apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução para a mais antiga região demarcada do mundo, no qual defendiam a urgência em proceder a uma avaliação profunda do modelo institucional do Douro e a tomada de medidas para a sustentabilidade financeira das principais organizações do sector vitivinícola.
O PSD sugeriu “uma ampla discussão no Douro com todos os intervenientes assegurando o papel de cada interveniente, cabendo ao Estado apenas a função de regulador e fiscalizador do sector”.
O projeto de resolução previa ainda uma alteração ao código cooperativo para uma melhor adaptação das cooperativas à realidade agrícola duriense, defendia ainda uma aposta na promoção e divulgação externa dos vinhos de Denominações de Origem Porto e Douro e indicação Geográfica Duriense e a elaboração de um Programa Estratégico de Sustentabilidade para Região Demarcada do Douro.
Conjuntamente com os colegas de Bragança e Guarda, os parlamentares pretendem realizar nos próximos meses várias visitas pelo Douro dedicadas à vinicultura, ao património e ao turismo.
Depois de recolhida informação, os deputados vão apresentar “um conjunto de contributos” para este território.
PLI. Lusa/Fim
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