terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

GOVERNO E AUTARQUIAS - ACERTO DE CONTAS OU DESCONFIANÇ? O QUE DIRÁ AGORA A ANMP?

O GOVERNO ESCREVEU ÀS CÂMARAS A PEDIR CONTAS "REAIS", porque desconfia das que existem atualmente. Para um "resgate autárquico", como pretendem os municípios, o "estado da arte" é fundamental. O "Livro Branco" que o anterior governo mandou fazer ajudou muito, mas continua sem se perceber por que motivo a oposição PSD/CDS, hoje governo, CHUMBOU A NOVA LEI DA TUTELA ADMINISTRATIVA?

Com mais de 15 anos esta lei não traduz os direitos e obrigações que se colocam às autarquias depois de uma evolução intensa das suas atribuições e competências. O "Livro Branco" foi o início fundamental para uma consolidação real das contas das autarquias, mas não chega, porque há muitas outras formas de participação que estão fora do alcance, por "invisíveis".
O objetivo de racionalização económica na adminsitração local está nas câmaras e não nas freguesias. Estas estão a ser o "elo mais fraco", porque se ignora o meu alerta em Abril do ano passado na conferência organizada pela OTOC, TSF e JN, no Porto:
"...cerca de um terço (municípios), enfrentam problemas que podem encontrar solução na austeridade e saneamento financeiro, desde que assumam esse caminho com espírito de rigor. E digo isto, porque algumas dezenas que já recorreram a este e outros instrumentos de regularização se encontram em desequilíbrio estrutural.
A estas resta o reequilíbrio financeiro, mas a experiência demonstra a existência de dificuldades INSUPERÁVEIS a que acresce, agora, uma maior dificuldade no acesso à banca.
Este facto pode levar à associação ou fusão de municípios, mas também à assumpção por parte dos eleitores que se uma avaliação eleitoral passa pela qualificação das suas vidas, pelos equipamentos, deve ter em conta a sustentabilidade do preço a pagar por tudo isso".

Sem comentários:

Enviar um comentário