terça-feira, 18 de outubro de 2011

JUNQUEIRO - no Porto - responde ao DISCURSO do 1º MINISTRO e ao "Livro Verde"

Troika nunca poderá dividir país a régua e esquadro»

"O ex-secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, garantiu este sábado que a «troika» «nunca poderá» dividir o país a régua e esquadro e que apenas um «governo fraco» com um «primeiro ministro fraco» poderia permitir essa situação.

«A troika nunca poderá fazer isso [dividir o país a régua e esquadro]. Só um governo fraco é que poderia permitir essa situação», afirmou o socialista à margem de um debate entre autarcas do PS sobre a reorganização administrativa, que decorre esta tarde no Porto.

Para José Junqueiro «o primeiro-ministro não se pode demitir» de debater o Livro Verde «que o governo fez isoladamente, sem consultar nenhum partido político e também sem dizer como o fez».

«No cronograma de execução do Livro Verde, em Agosto e Setembro, houve um período de consultas aos partidos. O que acontece é que essa consulta não foi feita em nenhum momento, nem foi feita até aos dias de hoje», lamentou o ex-governante.

Nesse sentido, defendeu, que haja tempo para o debate da proposta que «só é apresentada em junto no próximo ano».
Disse ainda que Pedro Passos Coelho não pode «esconder ao país que aquilo que está a fazer neste momento, nomeadamente com o discurso de anteontem [quinta-feira], é construir um saco azul para entrar em campanha eleitoral em 2014».

«Ninguém compreende nem aceitaremos aquilo que nos foi proposto de um primeiro-ministro fraco que invoca desvios que não existem e de um primeiro-ministro fraco que quer assustar os autarcas com um calendário à pressa, quando temos à nossa frente todo o tempo para discutir com eles aquilo que vamos fazer», realçou.

José Junqueiro lembrou mesmo que a «Comissão Europeia disse ainda ontem (sexta-feira) que afinal o único desvio conhecido e reconhecido é o da Madeira e o que resulta da recessão e da crise europeia».

Quanto ao que deve ser feito pelo PS relativamente à reorganização administrativa, o socialista defendeu ser necessário «discutir a questão da lei eleitoral, a lei das autarquias locais, a lei da tutela administrativa, da reorganização administrativa do país, enfim, do conjunto e do acervo legislativo que produz uma verdadeira reforma no poder local».

Do governo diz esperar «propostas», uma vez que a «única coisa» de que os socialistas têm conhecimento é «que foi apresentado um documento, não sabemos quem o elaborou, não foi dialogado com ninguém, considera apenas critérios matemáticos, por acaso dirigidos a um país onde também há pessoas».

«E por isso o que tenho ouvido de Norte a Sul do país é a perplexidade pela tipologia que foi utilizada, pelos critérios matemáticos que foram introduzidos e pela ausência completa e total de qualquer tentativa de falar primeiro com os autarcas e debater isto com as pessoas em geral», sublinhou."

Sem comentários:

Enviar um comentário