sexta-feira, 5 de agosto de 2011

NOTICIAS POSITIVAS: DE COMO O GOVERNO FAZ SUAS, ALGUMAS!

O Primeiro Ministro escolheu os seus primeiros trinta dias de governo como tema para o debate quinzenal.
António José Seguro participou pela primeira vez na qualidade de líder do maior partido da oposição.

No 1º Debate na Assembleia da República, António José Seguro questionou o Governo sobre o possível envolvimento, mediatizado, dos Serviços de Informação no chamado caso Bairrão, o tal Secretário de Estado que não o foi, por decisão influenciada do 1º Ministro.

Foi público, como se sabe, e anunciado em directo na TVI por Marcelo Rebelo de Sousa, o convite a Bernardo Bairrão para Secretário de Estado da Administração Interna, confirmado pelo próprio e explicado pelo Ministro respectivo.

O 1º Ministro, apesar de tudo, disse que não tinha havido convite, que fora especulação jornalística, mas a verdade é que o Ministro da Administração Interna afirmou o contrário e até explicou o facto como "indisponibilidade pessoal" de Bernardo Bairrão.

António Seguro questionou também o Governo sobre o caso Caixa Geral de Depósitos, a nomeação política e partidária de mais 4 administradores a somar aos 7 já existentes, tal como Lobo Xavier e Pacheco Pereira, militantes do CDS e PSD, respectivamente, criticaram naquela semana. Disseram mesmo que três eram do PSD e um do CDS, respeitando, portanto, a proporcionalidade, mas não as promessas eleitorais.

O 1º Ministro fez um longo raciocínio para tentar provar que não aumentava a despesa, nem o seu número, coisa que ninguém conseguiu perceber no Parlamento e fora dele até aos dias de hoje.

Finalmente, sobre as questões do crescimento e do emprego, António Seguro, garantindo honrar o memorando da Troika, observou o excesso de austeridade, como o corte de metade do subsídio de Natal e o aumento do IRS, sem qualquer justificação, tanto mais que ficou provada, e confessada pelo próprio Governo, a ausência de qualquer desvio "colossal".

O líder socialista referiu ainda a inexistência de qualquer medida para o crescimento no programa do governo, facto que, avisou, vai provocar uma recessão intensa e o aumento exponencial do desemprego.

O 1º Ministro insistiu na austeridade, que vai reforçar, e não esclareceu qual o "tipo" de despesa que vai cortar, nem a isenção fiscal dos mais ricos, nos dividendos, nas acções e nos juros dos depósitos. Como dizia, no dia seguinte, o editorial do Público: "Uma dieta abundante em intenções, mas parca em propostas concretas".

Sim, de positivo, temos um jovem com uma medalha de Ouro nas Olimpíadas de Matemática e a diminuição sazonal do desemprego em -0,2%, tudo antes do Governo tomar posse. E assim se vê como o Governo faz suas algumas notícias!
Diário de Viseu  2011-08-02

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