domingo, 10 de julho de 2011

O “ Rating” do Presidente da República baixou quatro níveis.

A desvalorização do "rating da República" arrasta consigo a diminuição de tudo e de todos, Professor Cavaco Silva incluído. E, sem ser por acaso, é Presidente da República de Portugal.
Nunca percebi a desculpabilização que a Oposição, agora Governo, fazia das “gências de rating” e a culpabilização cega do então Governo, hoje Oposição.
Nunca percebi os silêncios do actual Presidente da República sobre a matéria. Afinal, o seu objectivo foi sempre o 9 de Março, o discurso de tomada de posse, o ataque feroz ao Governo de então, o encorajamento do seu derrube.
Foi uma crise política de “iniciativa presidencial que acabou, igualmente, em Governo de “iniciativa presidencial”.
Esta actuação da Moody’s é um "escândalo", disse Nicolau Santos, " imoral e insultuosa", disse Faria de Oliveira da CGD. Estou totalmente de acordo. Nunca poderia dizer outra coisa ou não soubesse, como sempre disse e escrevi, que o mundo financeiro não tem pátria, nem alma.
O Governo da direita, dirão alguns, prova agora do seu próprio veneno, mas eu não tenho a mesma opinião, porque quem vai suportar este enorme sacrifício seremos todos nós!
O chumbo "trágico" do PEC IV – o único em toda a Europa - atirou-nos para o "lixo". E o PEC V, mais conhecido por memorando da "TROIKA", piorou a situação, de tudo e todos, acrescido agora de medidas não previstas, escondidas em campanha eleitoral, como são os casos do aumento do IVA, do IRS em 3,57% e do corte de 50% no subsídio de Natal.
Que ganhámos então com a crise política e com o Governo de “iniciativa presidencial”? Nada, absolutamente nada! Estamos pior agora do que em Março, sobretudo a 23 daquele mês, momento em que o Governo do PS foi derrubado pela Oposição.
Já está na blogosfera o vídeo desse dia em que o PSD dizia, mais uma vez irresponsavelmente, que se fosse ele – PSD – as agências de “rating” teriam outra atitude. Viu-se … e de que maneira!
Bem pode a esquerda radical, PCP e BE, dizer que discorda de tudo isto, por que todos nós nos lembraremos que foi a conjugação dos seus votos com os da tal direita que colocou esta em maioria absoluta no Governo.
Bem pode falar dos trabalhadores, do Serviço Nacional de Saúde, da Educação ou da Solidariedade Social e Emprego, porque a esquerda radical assinou também esta crise política e os sacrifícios que ainda agora estão no início.
No fundo e no fim, deve começar a perceber-se que as “agências de rating” ao desvalorizarem o país e todo o seu património também estão a desvalorizar o Presidente da República que, assim, baixou quatro níveis.
DB 2015.07.09

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