sexta-feira, 29 de julho de 2011

ANTÓNIO SEGURO NO DEBATE QUINZENAL NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

No 1º Debate Quinzenal do Governo na Assembleia da República, António José António Seguro questionou o Governo sobre o possível envolvimento, mediatizado, dos Serviços de Informação no chamado caso Bairrão, o tal Secretário de Estado que não o foi, por decisão influenciada do 1º Ministro.
Foi público, como se sabe, o convite a Bernardo Bairrão para Secretário de Estado da Administração Interna, confirmado pelo próprio e explicado pelo próprio Ministro como indisponibilidade pessoal do "convidado".
O 1º Ministro apenas disse que não tinha havido convite, que fora especulação jornalística, mas a verdade é que o Ministro da Administração Interna afirmou o contrário e até explicou o facto como "indisponibilidade pessoal" de Bernardo Bairrão.
António Seguro questionou também o Governo sobre o caso Caixa Geral de Depósitos, a nomeação política e partidária de mais 4 administradores a somar aos 7 já existentes, tal como Lobo Xavier e Pacheco Pereira,militantes do CDS e PSD, criticaram esta semana. Disseram mesmo que três eram do PSD e um do CDS, respeitando, portanto a proporcionalidade, mas não as promessas eleitorais.
O 1º Ministro fez um longo raciocínio para tentar provar que eram os mesmos, que não aumentava a despesa, nem o seu número, coisa quem ninguém conseguiu perceber no Parlamento e fora dele.
Finalmente, sobre as questões do crescimento e do emprego, António Seguro, garantindo honrar o memorando da Troika, criticou o excesso de austeridade, como o corte de metade do subsídio de Natal e o aumento do IRS, sem qualquer justificação, tanto mais que ficou provada e confessada pelo Governo qualquer desvio "colossal".
O líder socialista criticou ainda a ausência de qualquer medida para o crescimento no programa do governo, facto que vai provocar uma recessão intensa e o aumento exponencial do desemprego.
O 1º Ministro insistiu na austeridade, que vai aumentar,e náo esclareceu qual o "tipo" de despesa que vai cortar, nem a isenção fiscal dos mais ricos, nos dividendos, nas acções e nos juros dos depósitos. Como diz hoje o editorial do Público:"Uma dieta abundante em intenções, mas parca em propostas concretas".

"Notícia Lusa:
O lider do PS, Antonio José Seguro, afirmou hoje que os socialistas serao uma oposicao "responsavel", honrando os compromissos relativos à ajuda externa, mas avisou que "o memorando da troika nao suspende a politica."
"Honraremos o memorando da troika, mas o memorando da troika nao suspende a politica e nos agiremos precisamente em defesa dos nossos valores e dos nossos principios", afirmou Antonio José Seguro.
Na primeira intervencao no Parlamento enquanto o secretario-geral socialista, no primeiro debate quinzenal com o primeiro-ministro, Seguro assumiu-se como lider de "uma oposicao firme, uma oposicao responsavel e uma oposicao construtiva." "Nao seremos a oposicao do bota abaixo, das coligacoes negativas, do protesto. Nao, essa oposicao esta datada e nao tem a ver com o Partido Socialista", declarou."

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