Para o presidente da para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o recurso à ajuda da União Europeia "será uma das soluções se for realmente necessário" já que "o que é importante é que a economia não deixe de ser financiada a níveis adequados".
Basílio Horta mostrou-se confiante de que Portugal será capaz de ultrapassar a crise "com ou sem FMI", mas preocupado com a possibilidade de uma "convulsão social" se não houver "níveis adequados de financiamento à economia".
O líder da AICEP admitiu que "em condições normais" nunca estaria favorável a uma entrada do FMI em Portugal até porque "empresas não merecem".
O presidente da agência para o investimento considerou existir uma "janela de esperança" para o futuro do país, recordando os números "extremamente animadores" de Fevereiro em que o volume de negócios no mercado externo aumentou 28,8 por cento, representando um acréscimo de 14 por cento face ao mês anterior.
"Isso não é uma janela de esperança? Não é uma abstracção. Isso é fábricas a trabalhar, a produzir e a vender e isso é muito importante", vincou.
Basílio Horta referiu que "é preciso perceber que no meio desta crise brutal em que todos estamos, há quem trabalhe, há o mundo do trabalho, do risco, da dedicação, da inovação".
"Temos de ter uma fé modesta e fazer o que nos compete e cada um de nós tem de trabalhar e fazer o que lhe compete. Aqui não há pessimismo nem nada. Há ondas lá fora mas o trabalho continua na nossa agência, com a nossa gente", sublinhou.
Por isso mesmo, Basílio Horta defendeu a necessidade de no país existirem "mais empresas a exportar, com mais qualificação, mais valor acrescentado, mais Portugal no mundo e mais mundo em Portugal".
"Sem crescimento, sem produção e sem exportação é muito difícil que a dívida pública diminua e que o orçamento se equilibre", realçou.
O objectivo é mesmo "fazer tudo para que em 2014 as exportações representem 40% do PIB", metade do que apresenta actualmente a Irlanda com 80% que não convencem Basílio Horta para quem este valor é "excessivo".
Apelou por fim a um encontro entre empresas portuguesas onde digam "que janelas de esperança vêem", recordando que "são os empresários que estão a sustentar o País".
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