terça-feira, 8 de março de 2011

SÓCRATES - VISEU- JANTAR COMÍCIO

JOSÉ SÓCRATES esteve em VISEU para apresentar a sua moção DEFENDER PORTUGAL, CONSTRUIR O FUTURO.
Os militantes e simpatizantes do PS encheram o enorme espaço do ExpoCenter para manifestarem apoio ao Secretário Geral e Primeiro Ministro. Abri os discursos da noite, seguindo-se o Presidente da Federação, João Azevedo, Correia de Campos e José Sócrates.
Referi a exigência do momento político e lembrei que para situações excepcionais o PS e Portugal precisam de um líder excepcional e que "nós, socialistas, tínhamos José Sócrates".
Fiz um paralelo entre o que nós pensamos da nossa liderança e património políticos e o que os mais destacados dirigentes do PSD pensam do seu Presidente e do desempenho de um partido que aposta na instabilidade e quer ser governo.

E assim citei: O economista social-democrata e conselheiro Nogueira Leite:
“O PSD tem estado frouxo na criação de ideias, lamentando a ausência de uma visão articulada e profunda em áresa como a justiça e a saúde. Continuamos sem saber qual é o seu pensamento.
Tarda uma visão mais profunda. É importante o PSD explicar as suas decisões para além da área económica, já que para sair da crise é necessário um pensamento mais profundo sobre outras áreas.”
O Eurodeputado Paulo Rangel:
“Faltam bandeiras, o PSD deveria ter ido mais longe na educação, justiça ou saúde. Já podíamos estar a apresentar alternativas muito claras.
O PSD poderia ter maior facilidade em fazer oposição se tivesse produzido, por esta direcção, para o novo ciclo. Houve questões em que não se percebeu qual era atitude do PSD, como na educação ou na saúde”.
O Deputado e comentador da SIC Pacheco Pereira:
- “as democracias têm procedimentos” e “não devemos interromper, traumaticamente, esses procedimentos
- “se este governo conseguir manter a execução orçamental, acho preferível que continue até ao fim da legislatura”, … isso evitaria que “o primeiro-ministro se vitimizasse” dizendo que “estava a fazer o que era fundamental, a pôr as contas em ordem e os malvados da oposição deitaram a baixo”.
- A partir do momento que o PSD permitiu a passagem desde orçamento e aprovou o pec i e ii, “tem, quer queira quer não, um contrato implícito com o governo para ele executar essas medidas”, e não pode “colocar os interesses do seu aparelho acima dos interesses nacionais”
- “por muito que haja pessoas no PSD que estão mortinhas para ir para eleições, umas porque não gostam do primeiro-ministro, outras porque querem de novo a dança dos deputados, outras porque querem chegar ao poder e já estão a distribuir cargos de ministros e de secretários de estado, por muito que queiram isso, tem de haver uma razão fortíssima para o psd participar em qualquer processo que implique a queda do governo”,

- Apesar de Pedro Passos Coelho ter “os ventos todos a seu favor”, “a consistência do seu discurso já não é muito clara”, critica.
- Do ponto de vista da condução política, o presidente do PSD “tem sido uma navegação de cabotagem, como se diz, à vista da costa”, “há propostas tipicamente liberais, quase todas

- Seguidas de um recuo e isso acaba por criar uma situação pastosa”, concretiza acrescentando que “isso já vem de antes de ser líder partidário”.

João Azevedo fez um discurso afectivo, de grande proximidade, relevando o que para ele e para a sua geração significa o exemplo de José Sócrates e o progresso que tem promovido no distrito de Viseu.

Correia de Campos, numa longa intervenção, revisitou o passado da sua experiência governadora, os constrangimentos a que José Sócrates foi sujeito, mas também as reformas e obra feita que consubstanciam um corte com o passado e uma esperança para o futuro.

José Sócrates saudou os militantes e traçou a imagem que ilustra a diferença entre um passado sem estratégia e um futuro pleno de esperança.
Lembrando as dificuldades das pessoas, apresentou as ideias que vão permitir vencer uma crise que é global e que exige respostas globais, mas com visão de futuro. Educação, inovação, novas energias, políticas sociais, saúde e emprego foram temas que enfatizou, mas não deixou de lançar críticas ao PSD, sobretudo à duplicidade nas atitudes e à falta de coragem para apresentar medidas corajosas e concretas que sejam parte da solução e não mais um problema.
Exemplificou com a introdução de portagens nas SCUTs do interior, A23, A24 e A25, que resulta de uma exigência do PSD para aprovar os PEC I e II. Lembrou mesmo as dificuldades que o Governo teve para criar um regime de excepção aos moradores das zonas deprimidas na medida em que o PSD exigia liminarmente PORTAGENS EM TODAS AS SCUTS.
E o mais "inaceitável é terem esta conversa em Lisboa e depois, quando vêm à Guarda, Covilhã ou Viseu, juntam-se aos manifestantes anti-portagens". No fim, e no fundo, esta atitude espelha as críticas que são dirigidas a Passos Coelho e ao PSD por dirigentes e apoiantes ilustres do seu próprio partido.
Rodapé: dez jovens do grupo organizador das manifestações "geração à rasca" tentaram interromper a intervenção do Secretário Geral durante alguns segundos. Compraram bilhete para o jantar.
Revelaram organização, dinheiro para despesas, (t-shirts, megafone...jantares a 10 € cada...transporte).
Um mau exemplo em democracia que em nada ilustra a juventude: tentar limitar a liberdade de reunião de um partido político.
José Sócrates convidou-os para jantar e bem humorado disse que no "Carnaval ninguém leva a mal".










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