quarta-feira, 30 de março de 2011

Sócrates reafirma que oposição não apresenta alternativas para o País

O primeiro-ministro, que pediu a sua demissão na semana passada, não tem nenhuma intenção de recorrer a ajuda externa, apesar da especulação dos mercados, e apelou à oposição para propor as necessárias medidas de austeridade para Portugal cumprir as metas de redução do défice.

"Lamento que os partidos da oposição que criaram esta crise não tenham agora a responsabilidade de apresentar as medidas para responderem à situação", disse José Sócrates, numa declaração aos jornalistas, após mais um dia em que os mercados pressionaram em alta as taxas da dívida soberana portuguesa.

José Sócrates negou a intenção de pedir um 'bailout' e frisou que "a oposição decidiu abrir uma crise política", ao chumbar o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) "e fê-lo sem razão e também sem alternativa", adiantando: "é por isso que a situação que estamos a viver é uma situação pior que a vivíamos antes".

"Porque, infelizmente, decidiram somar à crise económica uma crise política, que gera naturalmente incertezas e que levou às atitudes dos mercados que estamos a viver ao longo dos últimos dias", afirmou José Sócrates.

Hoje, e menos de uma semana depois de ter cortado o rating de Portugal em dois níveis, a Standard & Poors (S&P) voltou a rever em baixa a notação do país em um nível para BBB-, com 'outlook' negativo.

Este corte de rating aconteceu poucas horas após o banco central se mostrar mais pessimista quanto à evolução do Produto Interno Bruto (PIB) português, prevendo que este se contraia 1,4 pct em 2011 face ao crescimento de 1,4 por cento em 2010, e estimando que cresça 0,3 por cento em 2012.

No entanto, o Banco de Portugal (BP) referiu que Portugal terá de adoptar mais medidas de austeridade de dimensão "muito substancial", para atingir as metas orçamentais, o que deverá ditar o aprofundar da contracção já prevista para 2011 e estendê-la também para 2012.
Reuters

ENTÃO O QUE PROPÕEM O PSD E AS OPOSIÇÕES?










1 comentário:

  1. Lamentavelmente a esquerda radical pode considerar-se cúmplice da direita e ambos responsáveis por uma maior crise no País.

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