O Ministério das Finanças repete que os cortes globais com salários em 5% são para aplicar sem excepções.
O Ministério das Finanças informa que as empresas públicas tencionam gastar menos 700 milhões de euros em 2011 face a 2009.
O gabinete tutelado por Teixeira dos Santos explica em comunicado que dos planos das empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE) apresentados "resulta uma redução global de custos estimada em cerca de 700 milhões de euros, face ao exercício de 2009".
Este valor, continua o Ministério das Finanças, é "mais de três vezes superior ao que constava do ponto de situação feito a 17 de Dezembro, de 224 milhões de euros" e reflecte o resultado do trabalho em curso entre as empresas e a tutela.
Para o Governo esta redução na ordem de 7% dos custos operacionais "traduz uma inflexão muito significativa face à evolução verificada nos últimos dois anos", onde os custos operacionais registaram um crescimento anual médio de cerca de 8% devido às medidas anti-cíclicas adoptadas.
As Finanças adiantam ainda que, de seguida, irá promover-se à aprovação formal dos planos de redução de custos apresentados pelas empresas que cumprem já o objectivo de redução de 15%", continuando-se também os trabalhos com as empresas que ainda se encontram aquém deste objectivo.
Tudo para garantir o cumprimento do objectivo que inclui a redução de 5% dos custos com remunerações anuais totais ilíquidas, sem excepções, uma das medidas impostas pelo Governo para conseguir reduzir o défice para 4,6% em 2011.
Entre as 16 empresas que cumpriram o objectivo de redução de 15% dos custos operacionais, figuram o Metropolitano de Lisboa e do Porto, a Parpública, a Rave - Rede Ferroviária de Alta Velocidade, a REN - Rede Eléctrica Nacional e a RTP.
A AdP - Águas de Portugal, Refer e TAP figuram entre as 12 empresas públicas que apresentaram um plano de corte de gastos entre os 10 e os 15%.
Das 37 empresas que apresentaram planos com redução dos custos operacionais inferior a 10% encontram-se a Caixa Geral de Depósitos, o BPN, a CP, os CTT, os Hospitais Curry Cabral e Garcia da Horta, a Lusa e o Parque Expo 98.
Existem ainda 28 empresas cujos planos se encontram em revisão para reapreciação, incluindo a ANA - Aeroportos de Portugal, a EP - Estradas de Portugal, o IPO de Lisboa e Porto e o Teatro Nacional D. Maria II.
Eudora Ribeio
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