No meio da crise intensa que Portugal e o mundo vivem, com fortíssimos índices de desemprego, começam a surgir, entre nós, algumas boas noticias, sobretudo nestas duas últimas semanas. Umas respeitam á qualidade do que fazemos e outras revelam o bom desempenho da nossa economia.
O reconhecimento internacional de que Portugal está na linha da frente no que concerne ao acesso à saúde infantil, o êxito nas políticas de imigração, a maior queda, desde Maio, dos juros da dívida portuguesa ou o facto de Portugal ter crescido neste último trimestre ao mesmo ritmo da Zona Euro são alguns exemplos que ilustram esta realidade.
Os números do crescimento, 1,4%, em média, e o aumento médio das exportações em cerca de 10% acrescem, também, às boas notícias.
As previsões da Comissão Europeia, presidida por Durão Barroso, falharam, mais uma vez. Com efeito, crescemos quatro vezes mais do que o previsto e as exportações já são o triplo das estimativas da Comissão. Como vem sendo habitual, enganou-se.
A verdade é que os mercados, perante previsões “analfabetas” pressionam a economia portuguesa, aumentando os juros e criando um clima de intranquilidade.
Não posso, pois, em primeiros lugar como cidadão português, deixar de exprimir um sentimento de repulsa por este ambiente falso e derrotista. E, por isso, critiquei assertivamente, esta semana, em Mangualde, a Comissão.
Não passaram 24 horas e já tinha a resposta do seu porta-voz. Não estava de acordo com as autoridades portuguesas – leia-se, as minhas afirmações – reafirmava o mérito das previsões e sublinhou o seu carácter científico.
Claro, não pediram desculpa por se terem enganado, nem comentaram os prejuízos causados à economia portuguesa. E se o método é científico, então os cientistas de Bruxelas têm motivos para se preocuparem: não acertaram uma.
E o mais confrangedor é o tom chocarreiro das oposições, quais grifos à procura de desgraça, bem como as afirmações displicentes e cúmplices do líder do maior partido da oposição.
Disse e reafirmo, que é um erro confundir oposição ao Governo com oposição ao país. E, lamentavelmente, é esse o estilo e a atitude das oposições. O que se trata é de defender Portugal e os portugueses desses ataques especulativos e infundados, como os números mostram. E todos não somos demais para ter êxito nesse combate.
O PSD e Pedro Passos Coelho acham que não e que, portanto, sem ao menos fingir, como sugeriu Manuela Ferreira Leite, conluiem-se com a direita e a esquerda radicais.
E, tal como fizeram em 2009, profetizando a recessão em 2010, avançam ao mesmo ritmo e com o mesmo estilo para a prognose de 2011. Enganaram-se radicalmente em 2010 e tudo indica que Portugal, em 2011, ao arrepio do medo infligido pelos comentadores e pelos “adivinhos” de Bruxelas, possa crescer, ainda que pouco.
Do PSD esperava-se mais, mas, pelos vistos, quer continuar como oposição cartomante.
JC 2010-12-10
O reconhecimento internacional de que Portugal está na linha da frente no que concerne ao acesso à saúde infantil, o êxito nas políticas de imigração, a maior queda, desde Maio, dos juros da dívida portuguesa ou o facto de Portugal ter crescido neste último trimestre ao mesmo ritmo da Zona Euro são alguns exemplos que ilustram esta realidade.
Os números do crescimento, 1,4%, em média, e o aumento médio das exportações em cerca de 10% acrescem, também, às boas notícias.
As previsões da Comissão Europeia, presidida por Durão Barroso, falharam, mais uma vez. Com efeito, crescemos quatro vezes mais do que o previsto e as exportações já são o triplo das estimativas da Comissão. Como vem sendo habitual, enganou-se.
A verdade é que os mercados, perante previsões “analfabetas” pressionam a economia portuguesa, aumentando os juros e criando um clima de intranquilidade.
Não posso, pois, em primeiros lugar como cidadão português, deixar de exprimir um sentimento de repulsa por este ambiente falso e derrotista. E, por isso, critiquei assertivamente, esta semana, em Mangualde, a Comissão.
Não passaram 24 horas e já tinha a resposta do seu porta-voz. Não estava de acordo com as autoridades portuguesas – leia-se, as minhas afirmações – reafirmava o mérito das previsões e sublinhou o seu carácter científico.
Claro, não pediram desculpa por se terem enganado, nem comentaram os prejuízos causados à economia portuguesa. E se o método é científico, então os cientistas de Bruxelas têm motivos para se preocuparem: não acertaram uma.
E o mais confrangedor é o tom chocarreiro das oposições, quais grifos à procura de desgraça, bem como as afirmações displicentes e cúmplices do líder do maior partido da oposição.
Disse e reafirmo, que é um erro confundir oposição ao Governo com oposição ao país. E, lamentavelmente, é esse o estilo e a atitude das oposições. O que se trata é de defender Portugal e os portugueses desses ataques especulativos e infundados, como os números mostram. E todos não somos demais para ter êxito nesse combate.
O PSD e Pedro Passos Coelho acham que não e que, portanto, sem ao menos fingir, como sugeriu Manuela Ferreira Leite, conluiem-se com a direita e a esquerda radicais.
E, tal como fizeram em 2009, profetizando a recessão em 2010, avançam ao mesmo ritmo e com o mesmo estilo para a prognose de 2011. Enganaram-se radicalmente em 2010 e tudo indica que Portugal, em 2011, ao arrepio do medo infligido pelos comentadores e pelos “adivinhos” de Bruxelas, possa crescer, ainda que pouco.
Do PSD esperava-se mais, mas, pelos vistos, quer continuar como oposição cartomante.
JC 2010-12-10
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