Alter do Chão, autarquia social-democrata, presidida por Joviano Martins Vitorino, foi o concelho escolhido para a assinatura do protocolo entre o Ministério da Defesa, com o Ministro Augusto Santos Silva, Ministério da Presidência, representado por mim, e Ministério do Ambiente, representado pela Secretária de Estado Fernanda Carmo.O texto, PLANO DE ACTIVIDADE OPERACIONAL CIVIL (PAOCivil), define em que termos serão feitos os apoios do Exército às autarquias locais, em matéria de Engenharia Militar, para os próximos 5 anos. Na ocasião, cada um dos governantes explicou, nas respectivas áreas, o interesse desta cooperação.

Nas breves palavras que dirigi ao General Chefe do Estado Maior do Exército, Pinto Lemos, e às altas patentes militares presentes, fiz questão de relevar a importância deste contributo, sobretudo para as autarquias mais pequenas e com menos recursos, como era o caso de Alter do Chão que, no momento, beneficiava da abertura de uma estrada com três quilómetros.
De facto, nos últimos 30 anos, o Exército apoiou 240 autarquias tendo beneficiado ou construído 43 000 quilómetros de estradas, bem como os aeródromos do Pico e Corvo nos Açores e o de Mogadouro no Continente. E é exactamente esta outra face do Exército que fiz questão de sublinhar por entender, tal como o Ministro da Defesa, que não é tão conhecida da opinião pública e, por isso, não tem sido tão publicitada e valorizada como merece.
Na ocasião tivemos oportunidade de vídeo-comunicar com o contingente no Líbano, ouvir as palavras do seu Comandante e do Ministro da Defesa, Augusto Santos Silva.
Aliás, esta intervenção nas infra-estruturas e equipamentos é uma das missões de paz que actualmente desempenhamos no Líbano e o contingente que vai render o actual encontrava-se naquele concelho, integrado numa demonstração táctica, a que pudemos assistir, no âmbito do exercício "Oríon" - é o principal exercício do Exército e tem por finalidade testar as capacidades da sua Força Operacional Permanente (FOPE) em diversos cenários de crise – em que estiveram envolvidos diversos meios do Exército, veículos de transporte, blindados, Pandur, helicópteros e as aeronaves Hércules C-130, C-295 e dois caças F-16, da Força Aérea Portuguesa, para além de tropas especiais, nomeadamente comandos e pára-quedistas tendo, estes últimos, realizado vários saltos estratégicos e de precisão.
Foi, assim, dado mais um passo que demonstra estar o desenvolvimento cada vez mais assente na nossa capacidade de captar diferentes sinergias, com vista a intervenções e economias de escala, que só beneficiam as populações e, ao mesmo tempo, aproveitam recursos de todos para todos, com a consequente economia de meios financeiros e contenção de despesas.
Aqui fica mais um bom exemplo de cooperação para o desenvolvimento promovido, desta feita, pelo Governo, Autarquias e Exército.
JC 2010-10-15
Dr, O Gen CEME chama-se Pinto Ramalho e não Pinto Lemos
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