domingo, 24 de outubro de 2010

ESTE FOI O CONGRESSO MAIS IMPORTANTE DOS ÚLTIMOS ANOS

Realizou-se, ontem, em Moimenta da Beira, o XIV Congresso Distrital do PS. Centenas de Delegados tiveram oportunidade de participar num debate vivo e ouvir o que, genuinamente, cada um dos oradores pensa sobre o partido, a situação política distrital e nacional. 
JOÃO AZEVEDO é o novo rosto da Federação do PS Viseu. Presidente da Câmara de Mangualde, com 34 anos, inicia agora um novo ciclo político num momento particularmente difícil. Desprendido de qualquer ambição política pessoal que não seja o seu desempenho como Presidente da Câmara de Mangualde, tem as características e distanciamento suficientes para enquadrar os desafios que se avizinham. 
Na transmissão do testemunho, tive ocasião de referir isso mesmo, tributando-lhe confiança, empenho, militância e disponibilidade pessoal para, como militante activo que sempre fui, responder com o trabalho que vier a ser necessário. 
Procurei, igualmente, situar o discurso nos desafios que se colocam a Portugal e ao mundo, falando para o exterior, e lembrando que o PS e José Sócrates são os únicos a puxar pelo país, pela auto-estima das pessoas, pela confiança dos agentes económicos e pela esperança no emprego e numa vida mais qualificada para os trabalhadores. Sublinhei a hipocrisia do PSD e do seu líder pelo falso interesse pelo país, pelas desculpas lacrimejantes e pelo medo que tem de governar, pelo calculismo projectado na chantagem ao Governo sob a ameaça permanente de crise política. Pedro Passos Coelho quer portagens e depois critica as portagens, não quer mais impostos, mas quer défice com redução mais violenta, não quer cortes nos benefícios fiscais, mas propõe na Constituição despedimentos sem justa causa, critica os salários de alguns gestores, mas nada disse sobre a entrada de Agostinho Branquinho na ONGOING, defende politicas sociais, mas quer privatização na Segurança Social, apela à defesa das famílias, mas quer privatizar o sistema de ensino, fala no preço dos medicamentos, mas quer privatizar a saúde. Semelhante a esta atitude, só a de Paulo Portas ao falar dos pobres ou dos agricultores com os pés em cima de dois submarinos de mil milhões de euros que comprou em tempo de crise; ou da esquerda radical que tem como objectivo único de vida derrotar o PS e colocar a direita no poder. Cinco anos e cinco líderes depois, este é o PSD que temos e uma esquerda responsável que não existe. 
É nestas condições que o Governo tem de negociar o OE 2011 e que JOÂO AZEVEDO tem de preparar, com todos nós, o PS para os grandes desafios do presente e do futuro próximo. Talvez por isso António Borges tenha dito que este foi o Congresso mais importante dos últimos anos.

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