sábado, 12 de março de 2016

Sond.(Sic/Exp) - PS sobe e ganha. PSD desce e perde. Cavaco afundou.

"Na primeira sondagem (feita uns dias depois de António Costa tomar posse como primeiro-ministro) eram 0,7 décimas. Agora, são já três pontos que separam PS do PSD.
Se as eleições fossem hoje, e de acordo com o barómetro de março da Eurosondagem para o Expresso e SIC, os socialistas até poderiam começar a sonhar com uma "geringonça" diferente da atual, dado que os votos somados de PS (35%) e BE (9,2%) já chegam aos 44,2%, uma confortável maioria (embora ainda dificilmente absoluta). PSD e CDS ficam-se pelos 40%.
É a maior distância do PS em relação ao PSD desde novembro. Na hora da despedida, Cavaco Silva sai em baixa e Paulo Portas em alta
A popularidade de Costa aumenta em proporção: o chefe do Executivo soma mais 1,7% de pontos positivos do que há um mês. Só Paulo Portas cresce (ligeiramente) mais do que o primeiro-ministro 1,8%, que lhe permitem sair de cena com uns confortáveis 15,5% de saldo positivo.
Ao contrário do líder do CDS (que hoje mesmo deixa de o ser), Cavaco Silva atinge novos mínimos históricos e deixa o palco com um saldo negativo de 14,1 – menos 0,9 décimas do que no mês passado."




sexta-feira, 11 de março de 2016

Opinião - Cem dias de Governo, sem oposição responsável

Cem dias de Governo, sem oposição responsável
Muito se falou do desempenho de António Costa e do seu Executivo neste período propedêutico, introdutório de um novo caminho e de um novo estilo de governação. Ao contrário, pouco se disse, muito pouco, sobre a performance da oposição.
O Governo conseguiu a flexibilização de Bruxelas para as metas do OE 2016, uma nota positiva da Moody’s e, pela primeira vez, o voto favorável do BE, PCP e PEV, cumprindo o essencial dos seus compromissos e resistindo sempre à tempestade dos juros nos mercados internacionais.
Complementarmente, António Costa, recuperando uma tradição do próprio Cavaco Silva, convidou o Presidente da República para um último ato institucional, o de presidir a um Conselho de Ministros subordinado ao tema que lhe foi tão caro: o do Mar. Diluiu a crispação política e construiu o ambiente adequado a um final de mandato com dignidade e respeito mútuos.
Pôde pois dizer, com algum conforto, que ao fim de cem dias o país, as instituições e a vida das pessoas regressaram à normalidade. E exemplificou bem o que isso era: ninguém tem de continuar a dormir sobressaltado com receio de que, ao acordar, a sua prestação social, pensão, reforma ou salário esteja cortada. Bem conseguido!
Neste período, tal como vaticinei, a coligação de direita dividiu-se e esfumou-se. Quanto aos seus protagonistas, Paulo Portas ensaiou uma sucessão controlada, dando a ideia de que sai. Passos Coelho fica, com 95% dos votos, sem se dar conta de que, no curto prazo, ou constrói o sentimento de regresso rápido ao poder ou será removido pelo seu partido em nome desse mesmo poder.
Neste “interim”, entre o bom desempenho da esquerda e o discurso azedo de uma direita estupefacta, ainda desencontrada e em mutação, aconteceram cem dias de Governo sem oposição responsável.
JC 2016.03.06

terça-feira, 8 de março de 2016

E se todos voltarmos a perder? Guterres tem razão.

Tem razão quando afirma que as elites não merecem o país que têm! 

Lembro-me que quando o último Governo Sócrates conseguiu fazer aprovar o PEC 2011. Todos os chefes de estado e de governo, a Comissão e o BCP deram luz verde. Merkel felicitou o PM português. Era uma combinação de austeridade com investimento e, claro, sem Troika. Alguns dias depois todas as oposições fizeram o impensável. Deram um Não a um documento a que toda a Europa dera um SIM. Resultado: quatro anos de Troika e austeridade cega e Radical.
O país perdeu, mas a direita ganhou e ganhou sobretudo a oportunidade de vender os ativos nacionais a pataco. A esquerda radical também ganhou, porque nada melhor do que uma política de terra queimada para fazer subir o score eleitora. E conseguiu, como agora se sabe melhor.
Tudo isto a propósito da mesma direita querer infernizar, a qualquer preço, o caminho do governo, mas sem cuidar, novamente, do direito ao bem-estar das pessoas e ao progresso do país. E a esquerda que apoia o governo prova agora o custo desse veneno. Talvez se possa redimir dos erros do passado.
Portanto, a direita, ao juntar a sua voz aos céticos, salivar por classificações negativas das agências de rating (que Cavaco também apadrinhou) ou ficar esfuziante pelas tentativas de Pierre Moscovici em forçar um plano B, com mais sacrifícios das pessoas e do país, parece-me, verdadeiramente lamentável. Guterres tem razão: as elites não merecem o país que têm!

domingo, 6 de março de 2016

Sábado, participei no debate "Vimioso 500 anos de história - Municípios do interior, que futuro?"

A convite do presidente da câmara de Vimioso, António Jorge Fidalgo Martins, participei na celebração dos 500 anos do Foral do concelho. Integrei um painel com o Costa Andrade, Professor de Direito, Arlindo Cunha, ex-ministro e atual presidente da CVRD e Leitão Amaro, ex-secretário de estado e atual deputado. O tema foi: "Vimioso 500 anos de história - Municípios do interior, que futuro?"

A estratégia dos forais privilegiava a autonomia das populações locais “liberdades e privilégios” – as atribuições e competências, tal como nos dias de hoje designamos - e representavam uma estratégia para atrair pessoas (povoamento). Já nessa altura tínhamos um problema demográfico para resolver. Era também “uma afirmação e fortalecimento do poder régio perante o senhorialismo”.
Vimioso é sede de um concelho ou município com
481,47 km² de área e 4 669 habitantes (Censos 2011) limitado a Norte, pela vizinha Espanha (Alcanices), a Leste pelo concelho de Miranda do Douro, a Sul por Mogadouro, a Oeste por Macedo de Cavaleiros e a Noroeste por Bragança. Situa-se no Planalto Mirandês e faz parte da Terra Fria Transmontana.






segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016