sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

(Opinião) A segunda volta está à vista!

A campanha presidencial animou, finalmente. Primeiro Marisa Matias, depois Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém fizeram Marcelo Rebelo de Sousa descer à terra e sair da sua zona de conforto. Acabou o tempo do comentador dominical sem contraditório.
E tem mais. Na ausência de razões que expliquem o paradoxal de opiniões opostas sobre o mesmo assunto, facto que os outros candidatos ilustraram copiosamente, Marcelo recorreu a ditos, insinuações ou acusações abaixo do nível do mar. E molhou-se.
Como se isso não fosse suficiente, tenta agora dizer que não é o candidato da direita, que dispensa os aparelhos partidários do PSD e do CDS, que nunca teve nada a ver com o governo anterior, nem com a PàF, embora durante quatro anos tenha feito absolvições permanentes dos pecados cometidos. E sempre ao domingo, dia santo, como convinha!
Bom, a tais tentativas de distanciamento deste entusiasta do “caminho único”, pode ser que os eleitores dessa direita que agora finge ignorar, na hora do voto, façam bom uso da sabedoria popular: “Amigo que não presta e faca que não corta: que se percam, pouco importa”. Sim, pode ser que haja mesmo segunda volta.
A eleição presidencial foi muito desvalorizada pela dominante mediática das legislativas e da solução governativa encontrada. Foi, mas ainda estamos a tempo de arrepiar caminho. Basta pensar nos 13 pontos negativos com que Cavaco Silva termina o seu mandato e o que isso significa para todos.
O país perdeu, a democracia também, as instituições saíram diminuídas e a República viu o seu património ser alienado sem que o Presidente dissesse um “ai”. Não nos defendeu! Assim como “é tarde para a economia quando a bolsa está vazia”, depois de votarem não se queixem uns dos outros. Depende de nós, a segunda volta está à vista!

JCentro 2016.01.10

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