Um dos principais
apoiantes de António José Seguro rejeita receber o rótulo de segurista e explica que o núcleo que apoiou o ex-secretário-geral não apoia Álvaro
Beleza e pode ter outra estratégia para o futuro do partido.
Os tempos do segurismo terminam por agora, porque António José
Seguro perdeu a primeira oportunidade no partido. E vários dos seus apoiantes
na batalha interna contra António Costa não juram fidelidade a Álvaro Beleza,
sentencia José Junqueiro (…)
"Seguro não se pode queixar de
falta de apoio na disputa interna, mas esse tempo acabou. O que existe agora é
um núcleo reduzido, de que fazem parte Álvaro Beleza ou Eurico Brilhante
Dias", acrescenta, e que integra, no fundo, pessoas que fizeram parte do
Secretariado do ex-líder do PS. (…)
Quanto a Álvaro Beleza, "avança sem qualquer tipo de apoio". "Não se pode
avançar assim sem conversar com ninguém", atira Junqueiro.
Esse grupo de ex-apoiantes de Seguro até pode vir a apoiar António Costa?
"É possível", admite Junqueiro. "Também é possível que esse
grupo tenha outra estratégia que não seja apoiar nem Costa nem Beleza", prossegue, em alusão
a uma candidatura agregadora que represente as diferentes sensibilidades dentro
do PS. Pessoalmente, Junqueiro põe de parte o apoio a Costa. "Eu não o
apoio porque conduziu o PS à derrota".
Já Seguro pode voltar à política partidária, sendo certo que perdeu uma
chance? "A primeira oportunidade foi perdida. Pode ter uma segunda
oportunidade, só depende dele".
Ao Negócios, António Galamba lembrou que
"embora tenha havido pessoas a declarar apoio a António José Seguro, não
fizeram nada por isso", e que o rótulo de "segurismo" é
rejeitado pelo próprio Seguro, uma vez que já está "fora da política
activa". E confirma que Beleza
"não representa o dito segurismo".
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