Na sua crónica desta quinta-feira, no
Público, Francisco Assis lembra que o PS foi, por diversas vezes nos últimos 40
anos, criticado pela extrema-esquerda, que acusava o partido ‘rosa’ de estar
cada vez mais à direita e de ser “adversário dos valores de Abril”.
Considera
por isso que estar a tentar agora um acordo com o PS revela um “despudorado
cinismo político”.
Segundo o socialista, foi a
extrema-esquerda que sempre se “auto excluiu” não só “da esfera estrita de
governação, como no horizonte mais vasto de definição das grandes prioridades
nacionais”.
Isto “em nome da fidelidade a um modelo de
regime e de organização económica e social claramente repudiado pela maioria
dos cidadãos portugueses”, escreve.
Agora que se abre a porta a uma possível
“celebração de um acordo governativo de incidência parlamentar entre os vários
partidos de esquerda”, Francisco Assis lembra o PS de que não se “pode deixar
aprisionar por compromissos impeditivos da prossecução de uma ação reformista
de que o país notoriamente carece”.
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