E
António Costa transmitiu mais confiança
À
hora que escrevo este artigo, quarta-feira, decorre o debate entre os dois
candidatos a primeiro-ministro, Passos Coelho e António Costa. As três
televisões estão a transmitir em simultâneo. Será a maior audiência de sempre e
aquela que mais influencia poderá vir a ter nos eleitores.
Neste
início do debate, António Costa mostra-se mais tranquilo e assertivo,
confrontando o atual primeiro-ministro com um excesso de austeridade, a
recessão da economia, a destruição de emprego e o incumprimento das promessa
eleitorais que o levaram a ganhar eleições.
A
resposta de Passos Coelho é estruturada na herança do anterior Governo, na
entrada da “troika”, na superação das principais dificuldades, bem como no
regresso aos mercados, na retoma da economia e do emprego.
Veio
o intervalo, ainda não se falou do futuro, mas os dois discursos já permitem
aos eleitores uma primeira opinião sobre a atitude política que pode trazer uma
nova esperança ao país.
A
segunda parte abre com a Segurança Social e António Costa explica como garante
o seu futuro e sustentabilidade, diversificando as fontes de financiamento,
reafirmando que não permitirá que venham a ser feitos cortes nas reformas.
Passos
Coelho explica que qualquer reforma sobre a Segurança Social deverá ter o
contributo do PS, mas não consegue explicar como evitará o “corte dos 600
milhões” de euros nas reformas, anunciado pela ministra das Finanças.
Depois
esgrimiu-se, de parte a parte, o conceito de “plafonamento”, horizontal e
vertical, matéria muito importante, mas que só os mais atentos conseguirão
descodificar. No entanto, o reforço do papel do Estado na Segurança Social
sublinhado pelo líder do PS pareceu colher mais consistência e confiança.
Em
síntese, e já no final, para além das propostas substantivas para os problemas,
o que poderá influenciar uma adesão dos eleitores será o sentimento de
segurança transmitido pelos candidatos.
Nos
pratos da balança ficarão, de um lado, os resultados proclamados pelo Governo
e, do outro, os compromissos de confiança apresentados pelo PS. E António Costa
transmitiu mais confiança
DV
2015.09.09
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