sexta-feira, 11 de setembro de 2015

(Opinião) E António Costa transmitiu mais confiança

E António Costa transmitiu mais confiança

À hora que escrevo este artigo, quarta-feira, decorre o debate entre os dois candidatos a primeiro-ministro, Passos Coelho e António Costa. As três televisões estão a transmitir em simultâneo. Será a maior audiência de sempre e aquela que mais influencia poderá vir a ter nos eleitores.
Neste início do debate, António Costa mostra-se mais tranquilo e assertivo, confrontando o atual primeiro-ministro com um excesso de austeridade, a recessão da economia, a destruição de emprego e o incumprimento das promessa eleitorais que o levaram a ganhar eleições.
A resposta de Passos Coelho é estruturada na herança do anterior Governo, na entrada da “troika”, na superação das principais dificuldades, bem como no regresso aos mercados, na retoma da economia e do emprego.
Veio o intervalo, ainda não se falou do futuro, mas os dois discursos já permitem aos eleitores uma primeira opinião sobre a atitude política que pode trazer uma nova esperança ao país.
A segunda parte abre com a Segurança Social e António Costa explica como garante o seu futuro e sustentabilidade, diversificando as fontes de financiamento, reafirmando que não permitirá que venham a ser feitos cortes nas reformas.
Passos Coelho explica que qualquer reforma sobre a Segurança Social deverá ter o contributo do PS, mas não consegue explicar como evitará o “corte dos 600 milhões” de euros nas reformas, anunciado pela ministra das Finanças. 
Depois esgrimiu-se, de parte a parte, o conceito de “plafonamento”, horizontal e vertical, matéria muito importante, mas que só os mais atentos conseguirão descodificar. No entanto, o reforço do papel do Estado na Segurança Social sublinhado pelo líder do PS pareceu colher mais consistência e confiança.
Em síntese, e já no final, para além das propostas substantivas para os problemas, o que poderá influenciar uma adesão dos eleitores será o sentimento de segurança transmitido pelos candidatos.
Nos pratos da balança ficarão, de um lado, os resultados proclamados pelo Governo e, do outro, os compromissos de confiança apresentados pelo PS. E António Costa transmitiu mais confiança
DV 2015.09.09


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