"Candidato
presidencial anunciou que campanha vai ser feita com “três voltas” a Portugal.
A primeira já arrancou e é para “ouvir e falar” com os portugueses.
António Sampaio da Nóvoa defendeu este
sábado em Viseu que um Presidente da República deve ter um papel “vigilante”
sobre a actuação governativa e intervir quando em causa estiverem políticas que
“enganam os portugueses”.
“Um Presidente
da República pode exigir que as promessas sejam cumpridas. Pode exigir e vigiar
e se entender que as promessas não estão a ser cumpridas, deve usar todos os
meios ao seu dispor para encetar uma renovação política”, disse este
sábado o candidato num encontro com a sociedade civil para falar de
Cultura. Sampaio da Nóvoa foi confrontado por um cidadão sobre qual o papel que
um Presidente da República deve desempenhar quando “quem está no poder
desvirtualiza o programa com que foi eleito” e em resposta disse não ter
“receio” de assumir uma posição que seja “mais ou menos popular”. “Serei um
Presidente da República despojado porque não tenho nenhuma carreira política ou
outra qualquer pela frente. Não hesitarei nunca em tomar as decisões que eu
ache que devem ser tomadas”, justificou.
O candidato lamentou ainda que a imagem
de um Presidente da República esteja “desgasta” no “imaginário e convicções dos
portugueses” muito por culpa das “políticas medíocres”.
“Um Presidente da República não governa,
é certo, mas tem um papel decisivo no assegurar da independência nacional e na
unidade do Estado nos planos social e territorial. Todos os dias acordarei a
pensar e a mobilizar os portugueses para as grandes causas”, sustentou.
Uma dessas causas, recordou Sampaio da
Nóvoa, é a de “inverter” a emigração dos jovens qualificados, um assunto que
deverá ser “prioritário” para o Governo que sair das próximas eleições
legislativas.
“O drama da emigração, principalmente
dos jovens qualificados, dói-nos muito porque acima do drama pessoal de cada
um, está o drama de um país que fica sem qualquer possibilidade de futuro. Se
não conseguirmos resolver este tema, não conseguiremos resolver nenhum e isso
coloca em causa a nossa soberania”, avisou.
Campanha com “três voltas” a Portugal
No distrito de Viseu, Sampaio da Nóvoa
iniciou a primeira das três “voltas a Portugal” que o candidato quer dar até às
eleições de 2016. “Esta primeira volta é, sobretudo, para ouvir e falar com as
pessoas. Contactar com um Portugal que não é conhecido”, disse ainda durante a
manhã de sábado num encontro com associações locais em S. Pedro do Sul. Na
“segunda volta”, durante os meses de Agosto e Setembro, a campanha estará no
terreno, mas com “respeito” pelas eleições legislativas, pois “é importante não
confundir estes dois actos eleitorais”. A terceira “volta”, assumiu, é a
“definitiva e de rumo à vitória”.
“Os próximos meses vão ser um exercício
de ouvir e falar com as pessoas. De incorporar um pensamento positivo para
trazer os cidadãos para dentro da política” para combater o “cansaço e o défice
de representação a que temos assistido”, frisou o professor e ex-reitor da Universidade
de Lisboa. Garantiu também que independentemente dos resultados eleitorais das
legislativas não irá desistir. “Esta é uma candidatura que procura unir e não
fragmentar, que vai ser difícil e dura, mas que se faz em nome de um projecto
nacional para Portugal e em que todos se podem envolver”. (SANDRA RODRIGUES , in Publico)
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