segunda-feira, 1 de junho de 2015

Médicos entusiasmados com novos avanços contra o cancro

A imunoterapia, que utiliza o sistema imunitário para atacar as células cancerígenas, poderá representar uma "nova era" no tratamento do cancro. 
Os investigadores mostram que a cura é possível através da combinação de dois novos fármacos.
Os resultados dos ensaios clínicos de novos medicamentos contra o cancro estão a entusiasmar a comunidade médica, com um especialista a dizer que o novo tratamento pode mesmo ser a cura para várias formas da doença.
A imunoterapia mostrou-se tão eficaz que num dos ensaios, liderado por investigadores britânicos, 58 por cento dos pacientes com melanoma em estado avançado viram os seus tumores diminuírem significativamente, de acordo com a investigação publicada no New England Journal of Medicine.
Na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, o professor Roy Herbst, diretor de oncologia do Yale Cancer Centre, classificou os resultados como "espetaculares" e mostrou-se confiante na substituição da quimioterapia pela imunoterapia como tratamento mais comum dentro de cinco anos, relata a Sky News.
"Acho que estamos numa mudança de paradigma, na forma como a oncologia está a ser tratada. O potencial para a sobrevivência a longo prazo, está definitivamente ali", disse Herbst à Sky News e ao jornal The Telegraph.
Também Peter Johnson, do centro de investigação britânico Cancer Research UK, considera que "as provas sugerem que estamos no início de uma nova era para o tratamento do cancro".
Nos últimos dias, os resultados dos ensaios de uma série de tratamentos, capazes de aproveitar o sistema imunitário, foram anunciados na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.
Um estudo internacional envolvendo 945 pacientes com melanoma avançado mostrou que é possível tratar esta doença com a combinação de dois medicamentos, o ipilimumab e o nivolumab.
"Juntas, estas drogas podem libertar o sistema imunitário, bloqueando a capacidade do cancro de se esconder a partir dele", comentou Alan Worsley, do Cancer Research UK.


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