A imunoterapia,
que utiliza o sistema imunitário para atacar as células cancerígenas, poderá
representar uma "nova era" no tratamento do cancro.
Os investigadores
mostram que a cura é possível através da combinação de dois novos fármacos.
Os
resultados dos ensaios clínicos de novos medicamentos contra o cancro estão a
entusiasmar a comunidade médica, com um especialista a dizer que o novo tratamento
pode mesmo ser a cura para várias formas da doença.
A imunoterapia mostrou-se
tão eficaz que num dos ensaios, liderado por investigadores britânicos, 58 por
cento dos pacientes com melanoma em estado avançado viram os seus tumores diminuírem significativamente, de acordo com a investigação publicada no New
England Journal of Medicine.
Na conferência anual da
Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, o professor Roy Herbst,
diretor de oncologia do Yale Cancer Centre, classificou os resultados como
"espetaculares" e mostrou-se confiante na substituição da
quimioterapia pela imunoterapia como tratamento mais comum dentro de cinco
anos, relata a Sky News.
"Acho que estamos
numa mudança de paradigma, na forma como a oncologia está a ser tratada. O
potencial para a sobrevivência a longo prazo, está definitivamente ali",
disse Herbst à Sky News e ao jornal The Telegraph.
Também Peter Johnson, do
centro de investigação britânico Cancer Research UK, considera que "as
provas sugerem que estamos no início de uma nova era para o tratamento do
cancro".
Nos últimos dias, os
resultados dos ensaios de uma série de tratamentos, capazes de aproveitar o
sistema imunitário, foram anunciados na conferência anual da Sociedade
Americana de Oncologia Clínica.
Um estudo internacional
envolvendo 945 pacientes com melanoma avançado mostrou que é possível tratar
esta doença com a combinação de dois medicamentos, o ipilimumab e o nivolumab.
"Juntas, estas drogas
podem libertar o sistema imunitário, bloqueando a capacidade do cancro de se
esconder a partir dele", comentou Alan Worsley, do Cancer
Research UK.
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