Foi
pela degradação deste “ambiente” de prestigio
e confiança que chamámos
à Comissão de Saúde o responsável do INEM, Paulo campos.
A urgência das pessoas é
grande, aumentou mesmo em 2015, mas a resposta do INEM é pequena,
porque aumentaram os tempos de espera no atendimento pela falta de recursos
humanos que o Governo nunca quis resolver
A paralisação das VMERs é um
problema recorrente que tem originado consequências trágicas. Os três episódios
de Évora ocasionaram 7 mortes. O Governo para aliviar a consciência manda fazer
inquéritos mas até hoje nunca nenhum se concluiu. Um clássico!
A instabilidade é geral. É orgânica pelo abrupto movimento de
fusão de delegações e pela saída, por exemplo, de cerca de 50% dos dirigentes
nos serviços centrais. Por exemplo: extinguiu a delegação regional do Algarve,
o CODU e ameaça a VMER de Albufeira.
É funcional - Paralelamente
as chefias, por exemplo, no Centro puseram os lugares á disposição e o último
caso de demissão aconteceu em Évora há poucos dias.
A motivação já teve melhores
dias
e é por isso que os conflitos laborais são hoje uma evidência e um
constrangimento, assumido por trabalhadores e pelo seus legítimos
representantes.
A campanha eleitoral - Anunciou-se
agora, em véspera da vinda do ministro à Comissão, que o INEM teria um investimento
de 22 milhões de euros para a compra de meios de socorro, até às eleições. Serão
75 ambulâncias que não existiram durante quatro anos e que agora a 4 meses de eleições
vão fazer parte do “financiamento” da campanha eleitoral.
Do mesmo modo, anunciam-se
neste últimos 4 meses a abertura dos concursos negados nestes
últimos quatro anos. Para além de não serem preenchidas as vagas em tempo
devido, o número é insuficiente.
A falta de recursos humanos - No
INEM tem 770 técnicos de emergência (TE) mas o quadro prevê 938. Nos centros
urbanos (CODU) há 185 técnicos operados de telecomunicações (TOTE), mas o mapa
de pessoal prevê 296.
Para
suprir estas carências tomam-se decisões erradas como, por exemplo, reduzir na cidade
de Lisboa o horário de funcionamento a partir do dia 15 de junho
Inquérito / Ambiente geral
As situações mais dramáticas no
atendimento ou as de abuso de poder dominante foram objeto de inquéritos,
alguns dos quais esperam a luz do dia há mais de 2 anos.
O ambiente laboral é
péssimo, a instabilidade orgânica e funcional degradou-se e sente-se
uma contestação é geral.
Neste
contexto, as perguntas objetivas são estas: sente-se o presidente do INEM confortável
no exercício das suas funções? Como explica a degradação deste ambiente? Acha que nada tem a ver com isto? Ou, como diz
Carlos Tê, em poema musicado por Rui Veloso, também a si lhe “parece que o
mundo inteiro se juntou para me tramar?”
O presidente do INEM convocou para
a audição os responsáveis dos serviços. Teve medo de ir sozinho e
quis fazer uma coreografia, um número. Convocou os responsáveis dos serviços
para o acompanharem, como quem diz, estão a vcer todos me querem.
Por isso lhe referi que se na
AR o PS tivesse atitude semelhante deveriam estar na sala os
trabalhadores, os seus representantes, as ex-chefias que saíram ou os
familiares das vítimas.
Por isso,
foi referido ao presidente do INEM que sobre esta presença - e aproveitei para
trazer de volta a música de Rui Veloso – ficava o aviso de que, um dia, "por mais amigos que tenha",
se sentirá "sempre sozinho".
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