- Plano Municipal para a Igualdade – uma boa notícia
Os vereadores do
PS têm feito, desde o início do mandato, propostas formais e informais, habilitantes
para a qualificação da vida das pessoas no concelho de Viseu. A regra tem sido
a rejeição, facto que tem colocado a maioria num estado de negação e perdendo
até a possibilidade de dizer que a oposição não apresenta alternativas.
Foi assim com o
Dia Municipal para a Igualdade, a candidatura de Viseu à Rede Europeia das
Cidades Amigas das Pessoas Idosas, o Gabinete de Apoio ao Agricultor, a
abertura de concursos em detrimento do recurso a empresas de trabalho
temporário, pedido formal ao Governo para alteração dos coeficientes de
localização, entre outras iniciativas. Sempre sem sucesso.
Agora, com a
proposta de “formalização de um protocolo com a Comissão para a Cidadania e
Igualdade de Género e de desenvolvimento de um Plano Municipal para a
Igualdade”, foi diferente. Houve aprovação unânime. Bom sinal.
É minha convicção que ser oposição
responsável é tão exigente como ser poder maioritário. Nos dois casos os
contributos para a causa pública nunca serão demais. E, como se sabe, o
benefício público é de todos, mas a mais-valia política acaba por recair na
maioria e, neste caso, no presidente de câmara.
A este propósito basta recordar, por
exemplo, os equipamentos sociais, educativos, de saúde ou outros com a
“assinatura” dos governos do PS, as grandes infraestruturas que servem a região
e as parcerias entre o Estado e a autarquia, como as vias duplas de entrada e
saída da cidade, o projeto Pólis, a requalificação do museu de Grão Vasco ou da
Sé, para se perceber que, politicamente, o poder instituído é o beneficiado.
Não se compreende, pois, que ainda existam
“estados de negação”, seja qual for o poder, ou dificuldades artificiais
criadas ao exercício das funções de vereador da oposição como é o meu caso e o
de Hélder Amaral.
Voltando à proposta, por que motivo foi
apresentada? Porque, ao contrário da esmagadora maioria das autarquias do país,
não existe, na Câmara Municipal de Viseu (não é de agora, note-se), uma
estratégia informada e sistemática, de intervenção em matérias tão importantes
quanto o combate à violência doméstica, a promoção das condições de conciliação
trabalho-família, ou empreendedorismo feminino, entre outras.
E foi esse o motivo pelo qual os
vereadores solicitaram também que os
Conselheiros Municipais para a Igualdade pudessem vir a ser figuras
mais envolvidas e cooperantes com a autarquia neste desígnio.
Portanto, a aprovação da proposta dos
vereadores do PS, João Paulo, Rosa Monteiro e Andreia Coelho, do Plano
Municipal para a Igualdade foi uma boa notícia para Viseu.
DV
2015.05.12
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