terça-feira, 12 de maio de 2015

Catroga elogia Costa e diz: PSD "devia pedir desculpa aos portugueses"

Catroga e os cantos de sereia. À partida, as suas afirmações poderiam ser consideradas um ato de contrição, um remorso. Critica o "colossal aumento de impostos", em detrimento de uma "colossal redução da despesa". 
Elogia o programa de António Costa, "uma viragem do PS" (...) "a caminho do centrão político". 
É aqui que nasce a sereia do principal negociador do PSD com a Troika, o agora presidente do Conselho Geral da EDP, ao ritmo de meio milhão de euros ao ano pago em "renmimbis". É que António Costa não quer uma mudança para que tudo fique na mesma.
"Eduardo Catroga diz que o PSD devia ter feito uma autocrítica na aplicação do memorando da 'troika'. Em vez de um "colossal aumento de impostos" deveria ter existido uma "colossal redução da despesa".
O presidente da EDP Eduardo Catroga critica o PSD, que "devia pedir desculpa aos portugueses" por se ter atrasado no processo de redução de despesa pública e pela forma como aplicou o memorando da troika. 
Em entrevista ao jornal Público, o antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva aproveita ainda para elogiar António Costa pelo que considera "uma viragem do PS" para o centro, embora tenha críticas a apontar ao documento Uma Década para Portugal.
Para o antigo ministro, o PSD "deveria ter feito uma autocrítica" pela forma como aplicou o memorando da troika, "herança que recebeu em meados de 2011". Catroga sublinha que em vez do "colossal aumento de impostos", deveria ter existido uma "colossal redução da despesa". Por isso, Eduardo Catroga disse ao Público que o PSD devia pedir desculpa aos portugueses.
Quanto ao Partido Socialista e ao documento Uma Década para Portugal, Catroga acredita que se trata de uma viragem do PS "a caminho do centrão político". Para o atual presidente da EDP, o documento está muito mais próximo do programa económico do Governo do que das propostas à esquerda do PS, embora lhe aponte algumas falhas.
Catroga considera que as propostas feitas no documento são de elevado risco, tanto a nível orçamental como no que toca às contas externas, "porque é um modelo que dá maior ênfase ao consumo privado do que o programa do Governo".

Ao Público, o ex-ministro das Finanças falou ainda nas características do seu candidato presidencial ideal, que deveria ter, entre outros traços, "grande experiência política e de vida", "boa formação humanista" e "boa formação económica". 
Catroga acrescenta ainda que o candidato deve ter "estabilidade emocional", e que deve ter independência dos aparelhos partidários e ser capaz de gerar consensos. "Não tenho uma visão partidária da política, muito menos quando se trata de eleger o Presidente da República", disse ao Público."

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