Não há elefantes brancos?!! |
Respondendo a uma pergunta
do jornalista sobre um eventual “excesso” do seu antecessor nas infraestruturas
(percebi rotundas) respondeu:
“Por acaso, acho que Viseu não tem nenhum
elefante branco, ao contrário de muitos concelhos por esse país fora. Honra
seja feita ao meu antecessor, que foi fazendo investimentos em infra-estruturas
sem criar elefantes brancos”.
Lembrei-me logo do Mercado 2 de Maio ou do
célebre funicular onde foram esturricados mais de 5 milhões de euros, bem como
dos 300 mil de despesa anual. Fiquei a saber que não se trata de um elefante
branco. Eventualmente pode tratar-se de um mamute pardo. Dou a mão à
palmatória. Também não posso, nem tenho a ambição de saber tudo.
Mais adiante, no que toca a investimentos, nova
pergunta do jornalista: “Mas já captou investimento?” A resposta não poderia
ser mais clara:
“Há uma evolução. A Bizdirect e o hospital da
CUF são resultado de uma dinâmica. Há muita coisa em "pipeline".
Neste momento, tenho mais de 120 processos abertos. Mas tenho um princípio: só
quando assino contrato, o torno público.”
E pronto, evoluímos. A Bizdirect, tal como o
hospital da CUF são de facto “resultado de uma dinâmica”, mas de terceiros,
faltou dizer. No contexto, bem poderia ter acrescentado o investimento da Casa
de Saúde. Não seria a primeira vez. Também é de terceiros e o tempo também é
anterior a este mandato.
Mas se, eventualmente, não estamos de acordo em
tudo, uma coisa é consensual. Vejamos: o facto de referir ter um “pipeline” com
“muita coisa” (…) “mais de 120 processos abertos” e ninguém saber disso, o
presidente da câmara justifica: “tenho um princípio: só quando assino contrato,
o torno público.” Ora aí está algo que é
mesmo assim, tal e qual! Nunca ninguém se apercebeu que a câmara tivesse feito
publicidade do que quer que fosse. Os que dizem o contrário é porque certamente
andam distraídos!.
E até foi assim com a via-férrea, com a ligação
de Viseu a Coimbra ou com as carreiras aéreas entre Viseu e Tires, mas que
alguns dizem ser entre Viseu e Lisboa. Mais correto seria dizer “entre Viseu e
Cascais”, porque depois é rápido, é só vir até Lisboa.
Não podendo falar neste espaço em todos os
concelhos que tenho estado a visitar lembro aqui o último, Nelas. Foi nesta
segunda-feira. O presidente também está a fazer o seu primeiro mandato, há 18
meses, mas a diferença relativamente às proclamações de outros é que aqui o
investimento acontece e já estão a trabalhar mais 600 pessoas. E em Viseu, até
agora, quantos novos postos de trabalho?
DV 2015.04.15
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