(Lusa, 12.04.2015) - António Costa,
secretário geral do PS defendeu hoje em Viseu que a modernização e o
desenvolvimento do país estão dependentes da fixação dos jovens qualificados
que acabam por emigrar por falta de emprego ou para fugir à precariedade.
António Costa, secretário geral do PS
defendeu hoje em Viseu que a modernização e o desenvolvimento do país estão
dependentes da fixação dos jovens qualificados que acabam por emigrar por falta
de emprego ou para fugir à precariedade. Costa salientou ainda que grande parte
dos jovens que emigram são qualificados.
"O país não se moderniza perdendo
os seus melhores, o país não se desenvolve perdendo os mais qualificados. O
país só se desenvolve se conseguir fixar esse capital humano, esse saber, esse
conhecimento, resultado do investimento do Estado, das autarquias e, sobretudo,
das famílias", alegou.
De acordo com o líder do PS, durante
alguns anos os portugueses "habituaram-se a ouvir falar da imigração com i
e não de emigração com e".
"Todos julgámos, a minha geração
julgou que isso era algo que tinha ficado nos anos 60 e que não mais voltaria.
Mas a verdade é que o retrocesso foi tão grande que é preciso
regressar a 1966,
há 50 anos, para termos um ano com tantos emigrantes, tantos portugueses e
portuguesas a sair do país como tivemos em 2013", apontou.
No seu discurso, António Costa que
falava para uma plateia de simpatizantes do PS, frisou que "o Governo
fracassou nos seus objetivos" nos últimos quatro anos".
"Não temos hoje melhores finanças
públicas, nem temos hoje melhor economia com mais crescimento e mais emprego,
nem melhores condições de vida", referiu.
Para António Costa a maioria e o
Governo não aprenderam com os erros e "não têm vontade de mudar de
rumo".
"A conclusão a que temos de chegar,
no final destes quatro anos, é de que falharam na gestão da dívida, falharam na
economia, não aprenderam a lição e não querem mudar: não querem seguir outro
rumo e, pelo contrário, mantêm um radicalismo ideológico que os vai fazer
prosseguir o mesmo caminho. A única forma é mudar de Governo e mudar de
política", frisou.
António Costa aproveitou ainda para
informar que o PS vai apresentar em breve "um
documento inovador",
com a estratégia a desenvolver nos próximos quatro anos.
"Pretendemos a participação dos cidadãos.
É falsa a ideia de que os portugueses estão desinteressados da política. O que
os portugueses estão desinteressados é da politiquice", sublinhou.
O secretário-geral do PS defendeu a
necessidade de se elaborar "um programa mobilizador", que não seja só
do partido, mas em que o conjunto da sociedade se reveja. "A participação
é essencial. Os partidos são acima de tudo associações de cidadãos",
concluiu.
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